Chuvas irregulares atrasam plantio de soja no brasil, acendendo alerta nos produtores

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O plantio de soja no Brasil enfrenta um ritmo mais lento este ano, com um atraso de 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A irregularidade das chuvas tem sido um fator determinante para essa lentidão, levando inclusive produtores de algumas regiões a considerar o replantio.

Na região do Matopiba, o Tocantins se destaca com 39% da área já semeada, seguido pela Bahia, com 30%. Maranhão e Piauí, por outro lado, registram os maiores atrasos. Na Bahia, o avanço da semeadura acompanha a chegada das chuvas, evidenciando a dependência do clima para o desenvolvimento das atividades.

A análise da umidade do solo revela um cenário heterogêneo. Condições mais favoráveis são encontradas no sul da Bahia e no norte do Tocantins, enquanto o Maranhão, o centro-sul do Piauí e o centro-norte da Bahia ainda sofrem com a insuficiência de umidade.

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Nos próximos dias, a previsão aponta para chuvas significativas apenas no Recôncavo Baiano, com potencial para ultrapassar 100 mm em 48 horas. As demais áreas produtoras devem esperar por precipitações menos volumosas e mal distribuídas, com exceção do norte do Tocantins, que pode acumular cerca de 50 mm.

A partir de 22 de novembro, espera-se um cenário mais favorável, com chuvas entre 50 e 70 mm no sul da Bahia, oeste do Piauí, sul do Maranhão e boa parte do Tocantins. A previsão indica que chuvas mais consistentes devem ocorrer a partir do dia 17, garantindo a umidade necessária para a semeadura da safra 2025/26.

No Centro-Oeste, há previsão de temporais nesta quarta-feira, especialmente no sul de Mato Grosso, sul de Mato Grosso do Sul, interior de São Paulo e norte do Paraná, com risco de raios e rajadas de vento fortes. No entanto, não há previsão de tornados.

Na região Sul, o sol entre nuvens predomina, com chuvas passageiras em Campos Novos e volumes mais expressivos em Mato Grosso do Sul, que podem ultrapassar 100 mm nos próximos cinco dias. Em Rondônia, acumulados de até 50 mm podem auxiliar na recuperação de pastagens.

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Para os produtores do Matopiba, a expectativa é que a chuva realmente volumosa chegue somente na semana do dia 20 de novembro, permitindo que a semeadura seja realizada com mais segurança.

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