Classe média pode ser beneficiada com o novo programa de Lula?

Novo programa de Lula pode impulsionar a construção civil, gerar empregos e ajudar a classe média a realizar o sonho da casa própria.

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O recente anúncio do governo federal sobre o novo programa de Lula voltado ao setor habitacional reacendeu o debate sobre o déficit de moradias no país e o impacto na classe média brasileira. A proposta, que deve ser testada em 2026 e entrar em vigor oficialmente em 2027, busca modernizar o uso de recursos da poupança e do FGTS para ampliar o acesso à casa própria. Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato de Souza Corrêa, a iniciativa é bem-vista pelo setor e pode representar um avanço importante na política habitacional do Brasil.

Em entrevista à Jovem Pan, Renato destacou que o déficit habitacional permanece elevado, com cerca de 6 milhões de moradias em falta. Ele lembrou que, desde a década de 1960, o país utiliza basicamente os mesmos instrumentos de financiamento para a habitação, como o FGTS e a caderneta de poupança. Para ele, a atualização dessas regras é necessária e positiva, pois permite que mais brasileiros, inclusive os da classe média, tenham acesso a moradias seguras e de qualidade.

Ainda segundo o presidente da CBIC, o novo programa deve permitir que cerca de 5% dos recursos compulsórios da poupança sejam utilizados inicialmente. A expectativa é de que essa mudança gere R$ 40 bilhões em investimentos no setor da construção civil já no próximo ano, o que pode aumentar o número de empregos formais. Atualmente, o setor emprega mais de 3 milhões de trabalhadores com carteira assinada, sendo um dos que mais contratam no país.

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Apesar das críticas de que o novo programa teria um viés político, especialmente em um momento que antecede as eleições de 2026, Renato defende uma visão mais técnica e pragmática. Para ele, o foco deve estar na necessidade real do país, que é oferecer infraestrutura, gerar empregos e garantir o direito constitucional à moradia. Ele afirmou que o Brasil “tem uma dívida grande com a habitação” e que medidas como essa ajudam a resgatar o sonho da casa própria para milhões de famílias.

O presidente da CBIC também destacou que o debate político é natural, mas o mais importante é priorizar ações que melhorem o ambiente de negócios e fortaleçam o investimento no setor. Segundo ele, a construção civil tem um papel essencial no desenvolvimento econômico, pois impacta diretamente na segurança, saúde e qualidade de vida da população.

O novo programa de Lula, portanto, é visto como uma oportunidade de modernização das políticas habitacionais, com potencial de impulsionar o crescimento econômico, reduzir o déficit de moradias e beneficiar diretamente a classe média, que há anos enfrenta dificuldades para financiar a casa própria.

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