Compra do mês perde espaço e brasileiro opta por compras aos poucos

Brasileiros deixam de fazer compra do mês e passam a comprar aos poucos, buscando economia e controle financeiro.

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Nos últimos anos, a tradicional compra do mês tem perdido força nas casas brasileiras. Cada vez mais, os consumidores preferem dividir suas compras ao longo da semana, adotando carrinhos menores e cestas compactas para levar apenas o essencial. O costume de encher o carrinho de uma só vez e garantir mantimentos para todo o mês, que antes dominava o cotidiano, hoje é algo cada vez mais raro nos supermercados.

A mudança de hábito está ligada a fatores econômicos e à busca por planejamento financeiro mais cuidadoso. Com a alta da inflação e a oscilação nos preços dos alimentos, muitos brasileiros passaram a pesquisar produtos em diferentes estabelecimentos antes de realizar qualquer compra, priorizando qualidade e preço acessível. O arroz, feijão, frutas e verduras são alguns exemplos de itens que agora são adquiridos em pequenas quantidades, conforme a necessidade imediata da família.

Para quem está aposentado ou tem horários mais flexíveis, ir ao mercado várias vezes na semana se tornou rotina. Em alguns lares, a ida ao supermercado ocorre duas, três vezes por semana, enquanto outros aproveitam para fazer pequenas compras diárias, evitando desperdício e gastos desnecessários. A prática também facilita a inclusão de produtos frescos no dia a dia, como frutas, verduras e pães, que se mantêm melhores quando comprados em menores quantidades.

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Uma pesquisa recente mostra que apenas 12% dos consumidores ainda mantêm o hábito da compra do mês, evidenciando uma mudança significativa nos hábitos de consumo. Antes, a ideia de planejar um grande carrinho para quinze dias ou um mês inteiro era considerada prática e econômica. Hoje, a prioridade é ajustar os gastos à realidade do orçamento familiar, evitando surpresas no fim do mês e aumentando o controle sobre as finanças domésticas.

O cenário também reflete uma transformação na forma como os brasileiros interagem com o mercado. A visita frequente aos supermercados permite comparar preços, observar promoções e decidir de maneira mais consciente o que comprar. Assim, o antigo costume da compra do mês, antes visto como símbolo de organização e economia, cede espaço para um consumo mais racional e adaptado às necessidades imediatas de cada família.

Com essa mudança, os supermercados também se ajustam, oferecendo mais opções em porções menores e produtos voltados para compras rápidas, acompanhando a nova rotina dos consumidores. O resultado é uma experiência de compra mais ágil, prática e alinhada às limitações financeiras de cada lar.

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