Cop 30: agro debate transparência e sustentabilidade na agricultura tropical

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Painel realizado na Blue Zone durante a COP 30 promoveu um debate crucial sobre transparência e os desafios enfrentados pela agricultura tropical brasileira. O foco central da discussão foi a necessidade de evidenciar as práticas sustentáveis já adotadas no país e o progresso na redução de emissões de gases de efeito estufa.

O evento reuniu pesquisadores renomados e representantes do setor produtivo, visando explorar as oportunidades e obstáculos na criação de metodologias e instrumentos eficazes para demonstrar, por meio de métricas e dados oficiais, o compromisso do agronegócio com a produção sustentável. A transparência foi apontada como um fator crucial para impulsionar a competitividade do setor.

Gedeão Pereira, vice-presidente da CNA para Relações Internacionais, abriu o painel, ressaltando o papel fundamental da agricultura tropical brasileira na garantia da segurança alimentar global de forma sustentável. Ele enfatizou que a transparência é uma ferramenta essencial nesse processo.

A pesquisadora Sabrina Borba, da Agroícone, moderou a discussão, abordando o aumento das expectativas globais por metodologias de transparência. Ela destacou que essa demanda pode representar uma oportunidade para o Brasil fortalecer sua posição como potência agrícola e ambiental, conferindo maior credibilidade ao setor.

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Outros participantes de destaque incluíram a pesquisadora Renata Branco, do Centro de Pecuária Sustentável, a chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Paula Packer, o pesquisador Gustavo Mozzer, da Embrapa, e o assessor de Relações Internacionais da Fiesp, Marco Caminha.

Renata Branco enfatizou a importância de discutir métricas para consolidar o Brasil como um provedor de segurança alimentar global, reduzindo emissões em um contexto de crescimento populacional. Ela acredita que o país pode se consolidar não apenas como fornecedor de grãos, mas também de proteínas animais, utilizando tecnologias que tornem a pecuária um importante agente nas soluções climáticas.

Paula Packer, da Embrapa Florestas, defendeu a necessidade de apresentar os esforços brasileiros em sustentabilidade ambiental na agricultura tropical. Ela destacou a importância da união de instituições e do setor produtivo na busca por dados científicos para fundamentar as discussões. A chefe-geral também enfatizou iniciativas de baixa emissão de carbono, mostrando que essa pode ser uma métrica valiosa para o setor produtivo demonstrar suas ações de remoção de gases.

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Gustavo Mozzer ressaltou a importância de discutir a transparência levando em consideração os indicadores de sustentabilidade, incluindo parâmetros como taxonomia, para garantir a competitividade do setor agropecuário e de outros segmentos da economia. Ele também celebrou os avanços alcançados nas conferências climáticas ao longo de 30 anos e os 10 anos do Acordo de Paris, que estabeleceu metas de redução de emissões para os países.

Marcos Caminha, da Fiesp, defendeu que o setor privado e o governo devem trabalhar juntos para desenvolver propostas e metodologias que reflitam o que o agronegócio realmente faz em termos de ações sustentáveis, apresentando-as como soluções para os problemas climáticos. Ele observou que, muitas vezes, iniciativas de redução de emissões na agricultura e pecuária não são devidamente refletidas nas estatísticas oficiais.

Fonte: www.avisite.com.br

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