Dólar forte e soja: impactos no mercado brasileiro e preços atuais

O mercado de soja no Brasil apresentou uma dinâmica lenta, com pouca movimentação e ofertas pontuais, refletindo uma cautela generalizada entre os agentes do setor. Apesar da valorização expressiva do dólar, o impacto nos preços da soja foi limitado, mantendo-se em patamares estáveis a ligeiramente mais altos.
O avanço do plantio, impulsionado pelo retorno das chuvas em regiões como o MAPITO (Maranhão, Piauí e Tocantins) e Goiás, continua sendo um fator chave. Produtores se concentram em otimizar o processo de semeadura, aproveitando as condições climáticas favoráveis.
Em relação aos preços médios da saca de soja, foram observadas variações regionais. Em Passo Fundo (RS), o preço subiu de R$ 135 para R$ 136, enquanto em Santa Rosa (RS) passou de R$ 136 para R$ 137. Cascavel (PR) manteve-se estável em R$ 135. Rondonópolis (MT) registrou um aumento de R$ 125 para R$ 126, e Dourados (MS) passou de R$ 126 para R$ 126,50. Rio Verde (GO) conservou o valor de R$ 126. Nos portos, Paranaguá (PR) elevou de R$ 141 para R$ 142 e Rio Grande (RS) acompanhou a alta, de R$ 141 para R$ 142.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros da soja exibiram um comportamento misto, caracterizado por volatilidade e oscilações entre ganhos e perdas ao longo do dia. O ceticismo do mercado em relação às promessas de compra chinesas, mesmo após a confirmação da aquisição de 462 mil toneladas pelo USDA, exerceu pressão sobre os preços. A queda do petróleo e o aumento da aversão ao risco no mercado financeiro também contribuíram para o cenário.
No entanto, um movimento de recuperação técnica, após dois pregões consecutivos de baixa, proporcionou algum suporte aos preços. Na semana, a posição janeiro/26 acumulou um ganho de 0,04%.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro de 2026 fecharam com alta de 2,50 centavos, alcançando US$ 11,25 por bushel. A posição março de 2026 teve uma cotação de US$ 11,34 1/4 por bushel, representando um avanço de 2,25 centavos.
Quanto aos subprodutos, a posição dezembro do farelo registrou um ganho de US$ 1,1, atingindo US$ 315,10 por tonelada. Já no óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 50,26 centavos de dólar, com uma baixa de 0,40 centavo.
No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou a sessão com uma alta de 1,19%, sendo negociado a R$ 5,4010 para venda e R$ 5,3990 para compra. Ao longo do dia, a moeda norte-americana variou entre a mínima de R$ 5,3506 e a máxima de R$ 5,4326. Na semana, o dólar acumulou uma valorização de 1,98%.



