Excesso de chuva alaga lavouras de soja e atraso no plantio: previsão de estabilidade

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O plantio de soja no Brasil segue em ritmo forte, com destaque para o Paraná, onde 86% da área destinada à cultura já foi semeada. Apesar do avanço, o estado ainda enfrenta um atraso de 6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

No Rio Grande do Sul, as fortes chuvas da última semana causaram alagamentos em diversas lavouras, especialmente na região de Várzea, impactando temporariamente o progresso do plantio.

A previsão indica um período de maior estabilidade climática para a região Sul, com cerca de 10 dias de tempo mais firme. A umidade do solo, favorável em grande parte da região, exceto em algumas áreas do sudeste gaúcho, é um ponto positivo para a continuidade do plantio. Em Santa Catarina, 40% da área já foi semeada, enquanto no Rio Grande do Sul esse índice é de 28%. O atraso observado em relação ao ano passado é atribuído principalmente ao excesso de chuvas e aos temporais que atingiram a região nas últimas semanas.

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Espera-se que um sistema de alta pressão iniba a formação de nuvens carregadas nos próximos cinco dias, com possibilidade de chuvas passageiras de até 5 mm. Em áreas como Palmeiras das Missões, são previstos volumes de chuva mais significativos na virada do mês, podendo ultrapassar os 50 mm.

Entre os dias 25 e 29 de novembro, a previsão é de tempo firme predominante nos estados do Sul, com o retorno das chuvas ao Paraná e ao oeste de Santa Catarina. Em algumas regiões, os acumulados podem chegar a 100 mm, o que deve beneficiar os trabalhos no campo.

Quanto às temperaturas, o dia de ontem registrou uma máxima de 40,7ºC em Ibotirama, na Bahia. A previsão é de que o calor persista nas regiões Sudeste e Nordeste, enquanto o Sul também deve manter temperaturas elevadas. Uma nova frente fria se aproxima do Nordeste, trazendo temporais, principalmente entre quinta e sexta-feira.

Há um alerta para áreas do Matopiba, norte de Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Piauí, devido à possibilidade de ocorrência de raios, rajadas de vento e granizo. Apesar dos riscos, os volumes de chuva previstos, que podem ultrapassar os 100 mm em algumas localidades, são considerados importantes para reverter o quadro de déficit hídrico e proporcionar alívio aos produtores.

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