Fintechs impulsionam crescimento e dominam o cenário brasileiro
Fintechs brasileiras crescem rapidamente, movimentam bilhões e lideram inovação, transformando o setor financeiro no país.

O setor de fintechs no Brasil vive um momento de destaque, consolidando-se como protagonista do crescimento empresarial no país. Dados recentes do LinkedIn apontam que oito das 20 startups que mais crescem no Brasil atuam no segmento financeiro, mostrando a força e a relevância dessas empresas para a economia nacional. Esse cenário evidencia não apenas a capacidade de inovação, mas também o impacto direto que as fintechs têm na vida de consumidores e investidores.
O ecossistema financeiro brasileiro segue em expansão acelerada, com o país concentrando atualmente 1.706 fintechs em operação, um salto expressivo em relação às 742 registradas em 2020. O Brasil detém 59% de todas as fintechs da América Latina e absorve 60% dos investimentos regionais no setor, consolidando-se como um verdadeiro hub de inovação financeira.
A diversidade de serviços oferecidos, que vão desde crédito até meios de pagamento digitais, tem atraído investidores nacionais e internacionais, movimentando bilhões de reais em capital.
Nos últimos 12 meses, as fintechs brasileiras captaram US$ 2,38 bilhões em 125 rodadas de investimento. Entre os destaques, a Kanastra, especializada em infraestrutura para FIDCs, levantou R$ 170 milhões em rodada liderada pela F Prime, braço da Fidelity. Já a Pagaleve, focada em soluções de parcelamento via Pix, captou R$ 160 milhões, atingindo valuation de R$ 1 bilhão. Além dos aportes, o volume de crédito movimentado pelas principais fintechs de crédito atingiu R$ 35,5 bilhões em 2024, crescimento de 68% em relação ao ano anterior.
Segundo pesquisa da ABCD em parceria com a PwC, esse avanço foi impulsionado pelo aumento do número de operações e pela ampliação da base de clientes.
O mercado de fusões e aquisições também registra crescimento significativo, com alta de 71% no primeiro semestre de 2025, mostrando uma fase de consolidação do setor. Grandes investidores, como Itaú e B3, se destacam com múltiplos aportes em fintechs nacionais, fortalecendo o ecossistema. Entre as empresas de maior relevância, o Nubank registrou lucro líquido recorde de US$ 637 milhões no segundo trimestre e atingiu US$ 78,1 bilhões em valor de mercado na NYSE, superando o Itaú e servindo 123 milhões de clientes.
Enquanto o setor avança, o governo federal discute alterações na tributação das fintechs, propondo elevar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de 9% para 15% para empresas de meio de pagamento. As empresas contestam a medida, ressaltando que oferecem serviços mais acessíveis que os bancos tradicionais e contribuem para a inclusão financeira no país.
O crescimento das fintechs brasileiras reflete não apenas a inovação tecnológica, mas também a capacidade do setor de gerar empregos, atrair investimentos e transformar a experiência financeira de milhões de brasileiros, consolidando o país como líder regional no mercado de tecnologia financeira.