Fundo Garantidor de Crédito (FGC): O que é, e como funciona

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma importante ferramenta de proteção para investidores que buscam segurança em seus investimentos financeiros. Compreender como ele funciona pode ser crucial para quem deseja aproveitar as oportunidades de maior rentabilidade oferecidas pelas instituições financeiras sem, no entanto, correr riscos excessivos.

Este fundo atua como um mecanismo de segurança, garantindo uma certa tranquilidade aos investidores, caso uma instituição financeira sofra intervenções ou até mesmo seja liquidada. A seguir, explicaremos os principais aspectos do FGC, como ele protege os investidores e as regras que governam sua atuação.

O que é o FGC?

O FGC pode ser comparado a um seguro para investimentos. Se você possui uma aplicação financeira em uma instituição que entra em dificuldades, como falência ou intervenção, o FGC garante que você poderá recuperar parte ou todo o valor investido, dependendo das regras estabelecidas. Criado em 1995, o FGC tem como objetivo proteger os clientes das instituições financeiras associadas e prevenir crises sistêmicas que possam afetar o sistema bancário. A cobertura oferecida é limitada e depende do tipo de ativo e do montante investido, como veremos mais adiante.

Além de ser uma instituição privada, o FGC é sem fins lucrativos e opera com os recursos que as próprias instituições financeiras associadas depositam periodicamente. Esse fundo é crucial para garantir a estabilidade do sistema financeiro nacional e tranquilizar os investidores, que muitas vezes ficam receosos diante de possíveis riscos ao investir em títulos bancários e outros produtos financeiros de maior rendimento.

Como funciona o FGC?

O funcionamento do FGC é simples, mas fundamental para entender sua aplicação. Ele é financiado por depósitos feitos pelas instituições financeiras associadas, como bancos comerciais, bancos de investimento e outras entidades financeiras. Essas contribuições mensais formam um colchão de segurança que poderá ser utilizado para pagar aos investidores, caso a instituição financeira em questão sofra intervenção, seja liquidada ou entre em falência.

Os depósitos feitos pelas instituições financeiras são de 0,01% ao mês sobre o saldo de depósitos elegíveis. Esse valor vai acumulando-se ao longo do tempo, para garantir que o fundo tenha recursos suficientes para cobrir as possíveis perdas dos investidores. No entanto, é importante frisar que o FGC não cobre todos os tipos de investimentos. A seguir, veremos quais produtos são protegidos pelo fundo.

Produtos protegidos e limites de cobertura

O FGC garante proteção apenas para certos tipos de depósitos e investimentos. Dentre os produtos cobertos estão:

  • Depósitos à vista e de poupança
  • CDB (Certificados de Depósito Bancário)
  • RDB (Recibos de Depósitos Bancários)
  • LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio)
  • LC (Letras de Câmbio) e LH (Letras Hipotecárias)

Esses produtos são assegurados até o limite de R$ 250.000 por CPF ou CNPJ, por conglomerado financeiro. Isso significa que, se um investidor tiver diversos produtos dentro do mesmo grupo bancário, o valor máximo de garantia será de R$ 250.000 no total, não importando o número de aplicações.

Caso o investidor tenha recursos em diferentes instituições financeiras, poderá ser garantido até R$ 250.000 em cada uma delas, desde que respeitado o limite estabelecido pelo FGC.

Além disso, o FGC estabelece uma proteção adicional de até R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ, caso haja múltiplas intervenções ou quebras em um período de até quatro anos. Para os investidores que desejam entender os limites e abrangência das coberturas, é importante consultar regularmente as informações sobre as instituições financeiras associadas e os produtos disponíveis.

Produtos não protegidos

Apesar de sua abrangência, o FGC não cobre todos os tipos de investimentos. Alguns exemplos de produtos não protegidos incluem:

Esses produtos podem ter riscos maiores e, portanto, não contam com a garantia do FGC. É essencial que o investidor esteja ciente das restrições e escolha cuidadosamente onde aplicar seu dinheiro, levando em consideração tanto o potencial de rentabilidade quanto o risco associado.

Quando o FGC é acionado

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) tem como principal objetivo proteger os credores em casos de intervenção ou liquidação de instituições financeiras. Esse fundo é acionado quando o Banco Central decreta alguma dessas situações, visando garantir a devolução de valores aos clientes de instituições em dificuldades financeiras.

Apesar de as intervenções e liquidações não ocorrerem com a mesma frequência que nas décadas de 1990 e 2000, ainda são registradas de tempos em tempos, especialmente em instituições financeiras com atuação regional. Em 2021, por exemplo, houve uma única liquidação de instituição financeira, mostrando que, apesar de mais raras, essas situações continuam acontecendo e exigem a atuação do FGC.

Como receber o FGC

O processo de recebimento do FGC foi simplificado com o lançamento, em 2020, de um aplicativo que facilita a transação e o acompanhamento dos credores. Anteriormente, os correntistas e investidores precisavam se dirigir até uma agência bancária para assinar documentos e receber os pagamentos. Com a introdução do aplicativo, não é mais necessário ir à agência: os clientes agora assinam o Termo de Cessão de Créditos ao FGC diretamente pelo app.

Além disso, o aplicativo permite que o cliente indique a conta para o depósito e acompanhe todo o processo de pagamento de maneira simples e prática. A tarifa de utilização do aplicativo é gratuita, e ele ainda passa por aprimoramentos para garantir maior agilidade e eficiência nos pagamentos.

Qual o prazo para pagamentos?

Embora o FGC tenha a responsabilidade de realizar os pagamentos, não há um prazo fixo determinado para a efetivação dos depósitos, pois esse prazo depende da rapidez com que o interventor ou liquidante do Banco Central envia a lista de credores para o FGC. Nos casos mais recentes de intervenção e liquidação, o envio dessas informações foi realizado em até três meses.

Após o recebimento da lista de credores, o FGC se encarrega de realizar os pagamentos de forma ágil. Em 2021, o uso do aplicativo possibilitou uma redução significativa no prazo de pagamento, que passou de dez dias úteis para apenas dois dias úteis, o que trouxe maior rapidez e praticidade para os beneficiários.

Quais instituições financeiras são associadas ao FGC?

O FGC é um fundo que abrange diversas instituições financeiras no Brasil, conforme as normas estabelecidas pelo Banco Central. Entre as instituições obrigadas a aderir ao FGC estão bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades de crédito, companhias hipotecárias e instituições que recebem depósitos à vista, como as contas poupança e os depósitos a prazo.

Além disso, o FGC também cobre outras operações financeiras, como letras de crédito e letras imobiliárias. No final de 2021, o FGC contava com a adesão de 216 instituições financeiras. Para consultar a lista completa de entidades associadas, é possível acessar o site oficial do FGC.

Quais bancos são protegidos pelo FGC?

Veja abaixo uma lista das instituições financeiras que oferecem essa garantia, proporcionando maior segurança para seus clientes.

Instituição
Agibank Financeira S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento
Agoracred S.A. Soc. de Crédito Financiamento e Investimento
AL5 S.A. Crédito, Financiamento e Investimento
Associação de Poupança e Empréstimo – POUPEX
Atria S.A. – CFI
Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento S.A.
Banco ABC Brasil S.A.
Banco ABN Amro S.A.
Banco Agibank S/A
Banco Alfa de Investimento S.A.
Banco Alfa S.A.
Banco Andbank (Brasil) S.A.
Banco Arbi S.A.
Banco B3 S.A.
Banco Bari de Investimentos e Financiamentos S.A
Banco BMG S.A
Banco BNP Paribas Brasil S.A.
Banco Bocom BBM S.A
Banco Bradescard S.A.
Banco Bradesco Financiamentos S.A.
Banco Bradesco S.A.
Banco Brasileiro de Crédito S.A.
Banco BS2 S.A.
Banco BTG Pactual S.A.
Banco BV S.A.
Banco C6 Consignado S.A.
Banco C6 S.A.
Banco Caixa Geral – Brasil S.A.
Banco Cargill S.A.
Banco Cetelem S/A
Banco Cifra S.A.
Banco Citibank S.A.
Banco Clássico S.A.
Banco CNH Industrial Capital S.A.
Banco Credit Agricole Brasil S.A.
Banco Credit Suisse (Brasil) S.A.
Banco Crefisa S.A.
Banco CSF S.A.
Banco Cédula S.A.
Banco da Amazônia S.A.
Banco da China Brasil S.A.
Banco Daycoval Leasing – BCO Múltiplo S.A
Banco Daycoval S.A.
Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais
Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo S.A.
Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A.
Banco de La Nación Argentina
Banco de La Provincia de Buenos Aires
Banco De Lage Landen Brasil S.A.
Banco Digimais S.A.
Banco Digio S.A.
Banco do Brasil S.A.
Banco do Estado de Sergipe S.A
Banco do Estado do Pará S.A.
Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
Banco do Nordeste do Brasil
Banco Fator S.A.
Banco Fibra S.A.
Banco Fidis S/A
Banco Finaxis S.A.
Banco General Motors S.A.
Banco Genial S.A.
Banco Guanabara S.A.
Banco Honda S/A
Banco Hyundai Capital Brasil S.A.
Banco IBM S.A.
Banco Inbursa De Investimentos S.A.
Banco Induscred de Investimento S.A.
Banco Industrial do Brasil S.A.
Banco Inter S.A.
Banco Itau BBA S.A.
Banco Itaucard S.A.
Banco J. Safra S.A.
Banco J.P. Morgan S.A.
Banco John Deere S.A.
Banco KDB do Brasil S.A.
Banco Keb do Brasil S.A.
Banco Komatsu do Brasil S.A
Banco Letsbank S.A.
Banco Losango S.A. – Banco Múltiplo
Banco Luso Brasileiro S.A.
Banco Master S.A.
Banco Mercantil de Investimentos S.A.
Banco Mercantil do Brasil S.A.
Banco Mercedes-Benz do Brasil S.A.
Banco Mizuho do Brasil S.A.
Banco Modal S.A.
Banco Moneo S.A
Banco Morgan Stanley Dean Witter S.A.
Banco MUFG Brasil S.A.
Banco Original S/A
Banco Ourinvest S.A.
Banco Paccar S.A.
Banco Pan S.A.
Banco Paulista S.A.
Banco Pine S.A.
Banco Porto Real de Investimento S.A.
Banco PSA Finance Brasil S.A.
Banco Rabobank International Brasil S.A.
Banco Randon S.A.
Banco RCI Brasil S.A.
Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul
Banco Rendimento S.A.
Banco Ribeirão Preto S.A.
Banco RNX S.A.
Banco Rodobens S.A.
Banco Safra S.A.
Banco Santander (Brasil) S.A.
Banco Semear S.A.
BANCO SENFF S.A.
Banco Sistema S.A
Banco Societe Generale Brasil S.A.
Banco Sofisa S.A.
Banco Sorocred S.A. – Banco Múltiplo
Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A.
Banco Topázio S.A.
Banco Toyota do Brasil S.A.
Banco Tricury S.A.
Banco Triângulo S.A.
Banco Vipal S/A
Banco Voiter S.A.
Banco Volkswagen S.A.
Banco Volvo (Brasil) S.A.
Banco Votorantim S.A.
Banco VR S.A.
Banco Western Union do Brasil S/A
Banco Woori Bank do Brasil S.A.
Banco XCMG Brasil S.A.
Banco XP S.A.
Banco Yamaha Motors do Brasil S.A.
BancoSeguro S.A.
Banestes S.A – Banco do Estado do Espírito Santo
Bank of America Merril Lynch S.A.
Bari Companhia Hipotecária
BCV-Banco de Crédito e Varejo S/A
Becker Financeira S/A – Crédito, Financiamento e Investimento
BMW Financeira S/A – C.F.I
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BNY Mellon Banco S.A.
BR Partners Banco de Investimento S.A.
BRB – Banco de Brasília S.A.
BRK S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento
Caixa Econômica Federal
Calcred S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento
Caruana S.A. SCFI
CCB Brasil S.A. – Crédito, Financiamentos e Investimentos
Centrocred S.A Crédito, Financiamento e Investimentos
China Construction Bank
Cobuccio S.A. – Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimentos
Commerzbank Brasil S.A. – Banco Multiplo
Companhia Hipotecária Piratini – CHP
CPCI – Companhia de Crédito Imobiliário S/A
Crediare S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento
Creditaqui Financeira S.A. – CFI
Creditá S.A. CFI
Crefisa S.A.- Crédito, Financiamento e Investimentos
Deutsche Bank S.A. – Banco Alemão
Deutsche Sparkassen Leasing do Brasil Banco Múltiplo S.A.
Dufrio Financeira, Crédito, Financiamento e Investimento S.A.
Facta Financeira S/A CFI
Família Paulista Companhia Hipotecária
FC FINANCEIRA S.A. – CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Finamax S.A – CFI
Financeira Alfa S.A. – CFI
Financeira Itaú CBD S.A. Crédito, Financiamento e Investimento
Finansinos S.A – CFI
GazinCred S.A. Sociedade De Credito Financiamento e Investimento
Gerencianet S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento
Golcred S.A. – CFI
Goldman Sachs do Brasil Banco Múltiplo S.A.
Grazziotin Financiadora S.A. – CFI
Haitong Banco de Investimento do Brasil S.A.
Hipercard Banco Múltiplo S.A.
HSBC Brasil S/A – Banco de Investimento
ICBC do Brasil Banco Múltiplo S.A.
Intesa Sanpaolo Brasil S.A. – Banco Múltiplo
Investcred Unibanco S.A.
Itaú Unibanco S.A.
JBCRED S/A Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento
JPMorgan Chase Bank
Kirton Bank S.A. – Banco Múltiplo
Kredilig S.A. – CFI
Lebes Financeira S.A. – C.F.I.
Lecca Financeira S.A.
LUIZACRED S.A. Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento
M Pagamentos S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento
Mercado Crédito Soc. de Créd. Financ. e Inv. S.A.
Midway S/A – Crédito, Financiamento e Investimento
NBC Bank Brasil S.A. – Banco Múltiplo
Negresco S/A Crédito, Financiamento e Investimentos
Neon Financeira – Crédito, Financiamento e Investimento S.A.
Nu Financeira S.A. – Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento
Omni Banco S.A.
OMNI S.A. – CFI
Paraná Banco S.A.
Parati – Credito, Financiamento e Investimento S.A.
Pefisa S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento
PICPAY BANK – BANCO MÚLTIPLO S.A
Pintos S.A. Credito, Financiamento e Investimento
Plantae S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento
Portocred S.A. – CFI
Portoseg S.A.- CFI
Realize Crédito, Financiamento e Investimento S.A.
RPW S/A Sociedade de Crédito e Financiamento e Investimento
Safra Crédito, Financiamento e Investimento S.A.
Santinvest S.A – CFI
Scania Banco S.A.
Scotiabank Brasil S.A. – Bco.Multiplo
SF3 Crédito, Financiamento e Investimento S.A.
Simpala S.A. Crédito, Financiamento e Investimento
Sinosserra Financeira S/A -SCFI
Social Bank Banco Múltiplo S/A
Socinal Financeira S.A.
Stara Financeira S.A.
State Street Brasil S.A. – Banco Comercial
Tentos S.A. – Crédito, Financiamento e Investimento
Todescredi S/A Crédito, Financiamento e Investimento
UBS Brasil Banco de Investimento S.A.
Via Certa Financiadora S.A. – CFI
Will Financeira S.A. Crédito, Financiamento e Investimento
Zema Crédito, Financiamneto e Investimento S.A.

Quem administra o Fundo Garantidor de Créditos (FGC)?

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma associação civil privada e sem fins lucrativos que tem como principal objetivo proteger os investidores em caso de falência ou intervenção de instituições financeiras associadas. Ele tem um papel essencial na segurança financeira do sistema bancário brasileiro, atuando como uma rede de proteção para os correntistas e aplicadores de recursos.

O fundo conta com a participação ativa de diversas instituições financeiras, como bancos comerciais, bancos de desenvolvimento e sociedades de crédito, que são responsáveis pela constituição do capital necessário para sua manutenção.

A administração do FGC é conduzida por um Conselho de Administração e uma Diretoria Executiva, compostos por profissionais independentes das empresas associadas. Essa estrutura garante que as decisões sejam tomadas de forma imparcial, respeitando os interesses dos investidores. Além disso, os nomes dos membros do conselho e da diretoria devem ser aprovados pelo Banco Central (BC), e estão sujeitos a critérios rigorosos de confidencialidade. Esses profissionais desempenham um papel fundamental não só em situações emergenciais, mas também em medidas preventivas para garantir a saúde financeira do sistema bancário.

Por que o Tesouro Direto não é coberto pelo FGC?

O Tesouro Direto, apesar de ser uma aplicação popular entre os investidores, não conta com a cobertura do FGC. Isso se deve ao fato de que os títulos emitidos pelo Tesouro Nacional têm uma garantia soberana, ou seja, são respaldados pelo próprio Governo Federal.

Em caso de inadimplência, o governo federal é responsável pelo pagamento dos valores devidos aos investidores, o que significa que, para que os rendimentos do Tesouro Direto não sejam pagos, seria necessário o colapso total do sistema bancário, juntamente com a falência do próprio governo — uma situação extremamente improvável.

Além do Tesouro Direto, outro tipo de investimento que não é coberto pelo FGC é o crédito privado. Esses ativos, embora sejam investimentos populares, não possuem a mesma segurança que os oferecidos por instituições financeiras associadas ao fundo. Por essa razão, o FGC não se responsabiliza pela garantia desses investimentos, e é importante que os investidores compreendam os riscos envolvidos.

Quais são os riscos de aplicar em ativos não cobertos pelo FGC?

Investir em ativos não cobertos pelo FGC pode envolver riscos significativos. Ao escolher aplicações que não tenham a garantia do fundo, o investidor está, de certa forma, assumindo o risco de não recuperar o valor investido em caso de falência da instituição emissora. Alguns exemplos desses ativos incluem títulos de crédito privado, como debêntures e CDBs de instituições financeiras não associadas ao fundo, que não oferecem cobertura em caso de insolvência.

Porém, é importante destacar que nem todos os investimentos não cobertos pelo FGC são igualmente arriscados. Alguns podem ter garantias específicas, que são detalhadas na escritura de emissão do título. Nesses casos, o investidor deve estar ciente da natureza dessas garantias, que podem variar de acordo com o tipo de ativo. Se não houver uma garantia específica, o investidor pode não conseguir recuperar o que foi investido, incluindo os rendimentos. Portanto, é essencial avaliar cuidadosamente cada ativo antes de realizar qualquer aplicação.

Retenção de Impostos no FGC

Quando um investimento garante retorno através do FGC, é importante lembrar que impostos podem ser aplicados sobre os rendimentos. Nos casos em que há incidência de imposto sobre o rendimento, o valor devido será descontado da garantia do FGC. Esse valor será recolhido pela instituição financeira sob um regime especial destinado à Receita Federal.

Após o processo de retenção, a instituição enviará ao credor o informe de rendimentos, que será utilizado para a declaração de imposto de renda.

Essa prática visa assegurar que o investidor cumpra suas obrigações fiscais de acordo com a legislação brasileira. Assim, a retenção de impostos não impede o acesso à garantia do FGC, mas é importante estar atento ao impacto que isso pode ter sobre o valor líquido recebido após a liquidação do investimento.

Bancos digitais estão associados ao FGC?

A resposta para a pergunta sobre se os bancos digitais estão associados ao FGC depende de diversos fatores. O termo “banco digital” se refere a instituições financeiras que operam de forma digital, sem agências físicas.

Alguns desses bancos, como aqueles classificados como bancos comerciais ou bancos de investimento, são obrigados a se associar ao FGC, pois atuam na intermediação de recursos. No entanto, muitos bancos digitais não se configuram como bancos tradicionais, mas sim como instituições de pagamento (IPs), que não têm a obrigação de se associar ao FGC, pois não realizam a intermediação de recursos financeiros da mesma maneira que os bancos convencionais.

Porém, vale destacar que alguns produtos oferecidos por esses bancos digitais, como CDBs e RDBs, podem contar com a garantia do FGC, desde que se enquadrem nas normas de cobertura do fundo. Portanto, é fundamental que o cliente verifique a cobertura do FGC para os produtos que deseja contratar.

Conclusão

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) oferece uma camada de segurança essencial para os investidores que buscam proteção em suas aplicações financeiras. Com sua cobertura de até R$ 250.000 por CPF ou CNPJ em cada conglomerado financeiro, ele proporciona uma garantia significativa, especialmente em momentos de crise ou instabilidade no sistema financeiro.

No entanto, é importante que o investidor compreenda os limites da proteção e os produtos que são realmente cobertos pelo fundo. Além disso, o FGC também tem regras específicas para garantir a proteção a longo prazo, como a cobertura adicional de até R$ 1 milhão em um período de quatro anos.

Ao entender o funcionamento do FGC, o investidor pode tomar decisões mais informadas, equilibrando risco e rentabilidade ao escolher suas opções de investimento.

Perguntas Frequentes

O que é e como funciona o fundo garantidor de crédito?

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é uma associação privada, sem fins lucrativos, que tem como objetivo proteger os depositantes das instituições financeiras associadas. Sua principal missão é garantir a segurança dos recursos dos clientes em caso de falência ou intervenção da instituição financeira. Além disso, o FGC contribui para a manutenção da estabilidade financeira e prevenção de crises sistêmicas, criando uma rede de proteção para o sistema bancário como um todo. A atuação do fundo fortalece a confiança do público nos bancos, já que, em momentos de incerteza, o FGC oferece uma rede de segurança para os depósitos realizados.

Qual o valor que o FGC garante?

O FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, em cada conjunto de depósitos e investimentos dentro de uma instituição ou conglomerado financeiro. Esse valor é limitado ao teto de R$ 1 milhão, a cada período de 4 anos, em garantias pagas para cada CPF ou CNPJ. Ou seja, caso você possua contas ou investimentos em mais de uma instituição financeira, o valor máximo protegido pelo fundo será de R$ 250 mil por instituição, dentro do limite de R$ 1 milhão a cada período de 4 anos. É importante lembrar que essa proteção se aplica a depósitos bancários e investimentos específicos, não abrangendo todas as modalidades.

O que o FGC não cobre?

O FGC não garante investimentos em fundos de investimentos, como VGBL e PGBL, por exemplo. Esses fundos são produtos financeiros distintos, e, portanto, não estão cobertos pela garantia do fundo. A principal função do FGC é proteger depósitos à vista, como contas correntes e poupanças, além de alguns tipos de investimentos de renda fixa, como CDBs, LCIs e LCAs, entre outros. Para proteger seu patrimônio de forma mais abrangente, é importante conhecer bem os tipos de produtos financeiros que estão dentro da cobertura do FGC.

Quanto tempo o FGC demora para pagar?

O tempo necessário para o pagamento de garantias do FGC depende da situação de falência da instituição financeira e da recepção da relação de credores por parte do interventor ou liquidante. Após a análise, o FGC inicia o pagamento em até dois dias, desde que receba as informações necessárias. No entanto, não há um prazo fixo para o pagamento da Garantia Ordinária, já que ele pode variar conforme o processo de liquidação da instituição financeira falida. Em geral, o objetivo do FGC é realizar os pagamentos de forma rápida e eficiente para garantir que os depositantes não fiquem desamparados por muito tempo.

É seguro deixar 1 milhão no Nubank?

Deixar um grande valor, como R$ 1 milhão, no Nubank é seguro, pois o banco oferece proteção adicional por meio do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC garante até R$ 250 mil por CPF em cada instituição financeira. No entanto, se o valor total ultrapassar esse limite, a parte que exceder o teto não estará coberta. Além disso, o Nubank, assim como outras instituições financeiras, segue as normas de segurança e oferece proteção para os fundos de seus clientes. Mesmo com a garantia do FGC, é sempre recomendável diversificar suas aplicações, para proteger seus recursos de maneira mais eficiente.

Quando um banco falir eu perco meu dinheiro?

Se o banco onde você possui conta ou fez investimentos falir, você não perde todo o seu dinheiro. O FGC garante a devolução de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição financeira. Isso significa que, caso a instituição enfrente problemas financeiros, o FGC assegura que você tenha seu dinheiro de volta até esse limite. O objetivo do fundo é proteger os depositantes e investidores, evitando que uma falência bancária cause prejuízos irreparáveis à população. Por isso, é fundamental saber os limites e entender o funcionamento do FGC para se sentir mais seguro ao investir.

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