Grávida pode dirigir? entenda o que diz a lei e a medicina

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Com a confirmação da gravidez, inúmeras dúvidas surgem, desde a alimentação até o vestuário. Uma questão frequente é se a gestante pode continuar dirigindo. A resposta direta é sim, mas com ressalvas.

A principal preocupação em relação a grávidas no trânsito é a segurança da mãe e do bebê. É importante analisar o que a legislação, a medicina e o bom senso indicam sobre gestantes ao volante de carros, motos e caminhões.

Do ponto de vista legal, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não proíbe mulheres grávidas de dirigir. Não é necessário informar o Detran sobre a gravidez e não existe uma “licença-gestante”. A legislação confia na autonomia da mulher e em seu atestado médico.

Entretanto, a liberação para dirigir depende da saúde da gestante e do tipo de veículo.

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Para gestações saudáveis e sem complicações, como pressão alta ou risco de parto prematuro, a maioria dos obstetras permite dirigir carros no dia a dia, com algumas precauções que aumentam conforme a gestação avança.

Sintomas comuns da gravidez, como enjoos, tonturas e inchaços, podem tornar a direção insegura, principalmente se surgirem de repente.

O fator limitante é o físico. No terceiro trimestre, especialmente após a 30ª semana, a proximidade entre a barriga e o volante aumenta os riscos. Em caso de freada brusca ou colisão, o impacto do volante contra o abdômen pode ser perigoso, causando traumas e até descolamento da placenta.

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Por isso, muitos médicos recomendam evitar dirigir no último mês de gravidez. A decisão final deve ser baseada no bom senso e na liberação do obstetra.

É fundamental que a motorista grávida utilize o cinto de segurança corretamente e evite dirigir caso sinta algum mal-estar ou desconforto. Consultar o médico regularmente é essencial para garantir a segurança ao dirigir.

Pilotar motocicletas durante a gravidez não é recomendado devido ao risco de quedas. A gestação altera o centro de gravidade, prejudicando o equilíbrio e retardando os reflexos. Mesmo uma queda leve pode causar traumas abdominais graves. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) desaconselha andar de moto em qualquer fase da gravidez.

Em relação a caminhões, a legislação é a mesma dos carros, mas os riscos são maiores. A direção de veículos pesados exige mais esforço físico, longas jornadas, vibração e uma posição que se torna inviável com o avanço da gestação. Caminhoneiras grávidas devem consultar seu médico e provavelmente serão orientadas a se afastar do volante antes das motoristas de carros, buscando afastamento pelo INSS, se necessário.

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