Ias propagando narrativas russas sobre a guerra na ucrânia?

Compartilhe

Chatbots de inteligência artificial podem estar disseminando propaganda russa relacionada ao conflito na Ucrânia. Uma investigação conduzida pelo Instituto para o Diálogo Estratégico (ISD) aponta que essas ferramentas, ao serem questionadas sobre diversos temas, frequentemente incorporam narrativas alinhadas com a propaganda russa acerca da guerra.

O estudo, publicado na revista “Wired”, indica uma possível exploração, por parte da Rússia, de brechas informativas para a propagação de sua versão dos eventos. A pesquisa levanta preocupações sobre a capacidade de influenciar a opinião pública por meio de tecnologias de inteligência artificial, especialmente em um contexto geopolítico tão delicado.

A análise do ISD se concentrou em como os chatbots respondem a perguntas específicas sobre a guerra, examinando se as respostas ecoavam temas comuns na mídia estatal russa e em outras fontes conhecidas por disseminar desinformação. Os resultados sugerem que, em alguns casos, as respostas dos chatbots refletiam a perspectiva russa sobre o conflito, minimizando ou justificando ações atribuídas às forças russas e destacando supostas falhas ou ações negativas das forças ucranianas ou de seus aliados.

Publicidade

Essa constatação suscita debates sobre a necessidade de maior transparência e responsabilidade no desenvolvimento e na implementação de sistemas de inteligência artificial. A capacidade de influenciar a percepção pública por meio de informações distorcidas ou tendenciosas é uma preocupação crescente, especialmente no contexto de conflitos armados e tensões geopolíticas.

A pesquisa do ISD sublinha a importância de monitorar de perto como a inteligência artificial está sendo utilizada para disseminar informações e influenciar a opinião pública. A identificação e a mitigação de potenciais riscos associados ao uso de chatbots e outras ferramentas de IA para fins de propaganda e desinformação são cruciais para proteger a integridade do debate público e garantir que as decisões sejam tomadas com base em informações precisas e imparciais. O estudo serve como um alerta sobre a necessidade de desenvolver salvaguardas e políticas para prevenir o uso indevido da inteligência artificial na disseminação de propaganda e desinformação.

Fonte: oantagonista.com.br

Compartilhe