Imunização contra pólio no Rio de Janeiro alerta para baixa cobertura

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O estado do Rio de Janeiro enfrenta um desafio persistente na imunização contra a poliomielite. Desde 2016, a meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) de vacinar 95% da população não tem sido alcançada. A situação acende um alerta, especialmente para uma geração que não vivenciou os impactos devastadores da paralisia infantil, tornando-se vulnerável a possíveis novos casos da doença.

Em um momento em que se celebra o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, a população fluminense é chamada à conscientização. A erradicação da doença no estado, registrada desde 1987, pode ser comprometida caso os baixos índices de vacinação persistam.

Diante desse cenário, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) intensifica seus esforços e faz um apelo à população para que aproveite a Campanha Nacional de Multivacinação, em vigor até o final do mês. O objetivo é garantir a imunização de crianças que ainda não receberam a vacina contra a poliomielite.

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A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressalta a importância da vacinação e relembra o impacto do personagem “Zé Gotinha” na luta contra a pólio no Brasil. Segundo ela, o esforço conjunto permitiu vencer a doença, mas é crucial manter as altas taxas de cobertura vacinal para evitar seu retorno, dadas as graves consequências da poliomielite.

A campanha em curso oferece todas as vacinas do calendário nacional, com foco no resgate de crianças e adolescentes com doses atrasadas. No caso específico da poliomielite, a SES-RJ busca garantir a vacinação de crianças menores de 5 anos com a vacina injetável contra a poliomielite (VIP), que substituiu a vacina oral em 2024.

A gerente de Imunização da SES-RJ, Keli Magno, destaca o trabalho contínuo para ampliar a cobertura vacinal, não apenas contra a poliomielite, mas também contra outras doenças. Ela ressalta que, embora ainda distante da meta de 95%, os índices têm apresentado melhora nos últimos anos, e que esse esforço tem trazido resultados positivos, mas é crucial contar com o apoio da sociedade.

O esquema vacinal contra a poliomielite consiste em quatro doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade, com uma dose de reforço aos 15 meses.

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A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES-RJ, Cristina Giordano, enfatiza a importância da vigilância constante e da manutenção da vacinação em dia, alertando para o risco de reintrodução da doença devido à circulação do vírus em outros países. Ela destaca que a vacinação é a única forma de prevenção contra a poliomielite, protegendo tanto o indivíduo vacinado quanto a comunidade.

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