Inflação persistente acima da meta gera incômodo no banco central

O presidente do Banco Central expressou, nesta quinta-feira, preocupação com a persistência da inflação e das expectativas do mercado em patamares superiores à meta estabelecida. Segundo ele, essa situação representa um “ponto de bastante incômodo” para a instituição.
A declaração reforça o olhar atento do BC sobre a dinâmica inflacionária no país, em um momento de incertezas no cenário econômico global e doméstico. A autarquia tem adotado diversas medidas para conter a inflação, incluindo ajustes na taxa básica de juros, mas os resultados ainda não atingiram o patamar desejado.
A inflação persistente, além de corroer o poder de compra da população, especialmente das famílias de baixa renda, pode gerar um ciclo vicioso, com impactos negativos na atividade econômica. O aumento generalizado de preços tende a pressionar os custos de produção das empresas, que repassam esses custos para os consumidores, alimentando a inflação.
O Banco Central tem o objetivo de manter a inflação dentro de uma meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O sistema de metas de inflação é um dos pilares da política econômica brasileira e visa garantir a estabilidade dos preços.
A preocupação manifestada pelo presidente do BC sugere que a autarquia poderá manter uma postura mais conservadora na condução da política monetária, com o objetivo de trazer a inflação de volta para a meta. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será fundamental para definir os próximos passos da política monetária brasileira.
A autoridade monetária tem enfatizado a importância de um conjunto de medidas para combater a inflação, que incluem, além da política monetária, a política fiscal e reformas estruturais. Uma política fiscal responsável, com controle dos gastos públicos e busca por equilíbrio nas contas públicas, contribui para reduzir a pressão sobre a inflação. As reformas estruturais, por sua vez, visam aumentar a produtividade da economia e reduzir os custos de produção, o que também pode ajudar a conter a inflação.
Fonte: oantagonista.com.br




