Inflação sobe em setembro, mas alimentos registram queda no Brasil
Inflação sobe em setembro, mas alimentos apresentam queda, com destaque para verduras, legumes e ovos, beneficiando o bolso do consumidor.

A inflação oficial do Brasil registrou alta em setembro, conforme divulgado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O aumento estava dentro das expectativas, influenciado principalmente pelo fim do bônus da energia elétrica nas contas de luz, que deixou de ser aplicado neste mês. Com isso, o custo da eletricidade teve peso significativo no índice geral.
Apesar do avanço da inflação, há uma notícia positiva para o bolso dos consumidores: os alimentos registraram nova queda, marcando o quarto mês consecutivo de redução nos preços. Segundo especialistas, a alimentação em domicílio, que corresponde aos produtos comprados para consumo em casa, ficou 0,41% mais barata, puxada por itens como tomate, cebola, alho, batata inglesa e arroz. Essa queda é atribuída ao aumento da oferta de alimentos in natura, especialmente verduras e legumes.
Outro destaque positivo é o ovo, cuja cotação caiu quase 3% em setembro, coincidindo com o Dia Mundial do Ovo. Já as carnes tiveram variações mais específicas: cortes como filé mignon, cupim e picanha apresentaram redução, enquanto patinho registrou leve alta. Os peixes, em geral, também ficaram mais baratos, com exceção da tilápia, que apresentou pequeno aumento, possivelmente influenciado pelo clima na região Sul e fatores de exportação.
No entanto, nem todos os itens essenciais seguiram a tendência de queda. Frutas foram majoritariamente mais caras. Bananas de diferentes tipos, como maçã, prata e terra, registraram aumento, refletindo questões sazonais e climáticas. Alguns exemplos extremos incluem o maracujá, que subiu 14% devido ao fim da safra, enquanto o morango caiu 23%, beneficiado pela época de colheita.
Dados divulgados pela CONAB reforçam essa perspectiva positiva: 22 das 27 capitais brasileiras registraram redução no custo da cesta básica. Especialistas indicam que a oferta crescente de alimentos após o término das safras continua pressionando os preços para baixo, trazendo alívio para famílias brasileiras nos próximos meses.
No geral, apesar da alta da inflação em setembro, a queda nos preços dos alimentos proporciona uma boa notícia para o consumidor, refletindo a importância da safra agrícola na economia doméstica e no orçamento das famílias.