Insônia atinge 73 milhões e vira caso de saúde pública no Brasil

Um número alarmante de brasileiros enfrenta noites em claro: a insônia afeta a vida de 73 milhões de pessoas em todo o país. O distúrbio, que impede o indivíduo de adormecer ou manter um sono reparador, transformou-se em um grave problema de saúde pública, com impactos significativos na qualidade de vida, produtividade e bem-estar geral da população.
A magnitude do problema exige atenção e medidas urgentes. A insônia não se limita a uma simples noite mal dormida; quando persistente, pode levar a sérias consequências para a saúde física e mental. Estudos apontam para a ligação entre a falta de sono crônica e o aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, depressão e ansiedade. Além disso, a insônia pode comprometer a capacidade cognitiva, afetando a concentração, memória e tomada de decisões, o que impacta diretamente o desempenho no trabalho e nos estudos.
Diante desse cenário preocupante, iniciativas que visam aumentar a conscientização sobre a importância do sono e promover hábitos saudáveis de higiene do sono se tornam cruciais. Em Salvador, um evento foi organizado com o objetivo de informar a população sobre os riscos da insônia, as causas do problema e as estratégias eficazes para combatê-lo. A ação busca alertar sobre a necessidade de procurar ajuda profissional, desmistificar crenças populares sobre o sono e oferecer orientações práticas para melhorar a qualidade do descanso noturno.
Especialistas ressaltam que a insônia pode ter diversas causas, desde fatores ambientais, como ruído e luminosidade, até condições médicas subjacentes, como apneia do sono, síndrome das pernas inquietas e distúrbios hormonais. O estresse, a ansiedade e o uso excessivo de telas antes de dormir também são apontados como importantes contribuintes para o problema.
O tratamento da insônia varia de acordo com a causa e a gravidade do quadro. Em muitos casos, a adoção de hábitos saudáveis de sono, como manter uma rotina regular de horários para dormir e acordar, evitar o consumo de cafeína e álcool à noite e criar um ambiente propício ao descanso, pode ser suficiente para aliviar os sintomas. Em situações mais complexas, a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) e o uso de medicamentos prescritos por um médico podem ser necessários. A busca por um profissional de saúde é fundamental para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado.

