Inss: aposentadorias acima do mínimo terão reajuste de 4,66% em 2026

Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem acima de um salário mínimo podem esperar um reajuste de 4,66% em seus benefícios a partir de 2026. A estimativa, baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), consta do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) e foi divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Caso se confirme, o teto da Previdência Social poderá subir para R$ 8.537,55 no próximo ano, ante os atuais R$ 8.157,41.
A confirmação oficial do índice de reajuste está prevista para janeiro de 2026, após a divulgação do INPC consolidado de 2025 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O reajuste para quem recebe acima do salário mínimo é calculado com base no INPC acumulado entre janeiro e dezembro do ano anterior, sem ganho real. Essa correção se aplica a aposentadorias, pensões por morte, auxílio por incapacidade permanente, auxílio-acidente e auxílio-reclusão para dependentes de segurados com renda superior ao piso. O decreto presidencial que oficializa o percentual é geralmente publicado em janeiro, após a divulgação dos dados do IBGE.
O teto do INSS representa o valor máximo que um segurado pode receber de aposentadoria, pensão ou outro benefício, e também o limite sobre o qual trabalhadores com salários mais altos contribuem mensalmente para a Previdência.
Atualmente, estima-se que 12,1 milhões de beneficiários recebam valores acima do piso nacional, enquanto 28,3 milhões recebem o salário mínimo, incluindo beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Isso significa que mais de 30% dos beneficiários têm direito a reajustes específicos com base no INPC.
Para os beneficiários que recebem o piso nacional, incluindo aposentados, BPC/LOAS e auxílio por incapacidade temporária, o reajuste segue outra regra, baseada na política de valorização do salário mínimo. Essa política considera a inflação medida pelo INPC nos 12 meses até novembro de 2025, somada ao crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes (2024).
Com o PIB de 2024 registrando um crescimento de 3,4%, a projeção para o salário mínimo em 2026 é de R$ 1.631, o que representa um aumento estimado de 7,45%. Esse novo valor impactará diretamente os 28,3 milhões de segurados que recebem o piso do INSS, além de programas sociais como o BPC, abono salarial e seguro-desemprego.
O INPC, medido mensalmente pelo IBGE, reflete a variação dos preços de bens e serviços consumidos por famílias com renda de até cinco salários mínimos, sendo um índice fundamental para manter o poder de compra dos segurados da Previdência Social.
Os pagamentos com os novos valores devem começar a ser realizados nos últimos cinco dias úteis de janeiro de 2026 para quem recebe até um salário mínimo, e a partir do primeiro dia útil de fevereiro para quem recebe acima do piso. A atualização do valor do benefício é automática.
Para consultar o novo valor do benefício, os segurados poderão acessar o site ou aplicativo Meu INSS, ou ligar para o telefone 135, a partir de janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

