Jovem fundador da Polymarket vira bilionário mais jovem do mundo após aporte histórico
Aos 27 anos, Shayne Coplan, fundador da Polymarket, torna-se o bilionário mais jovem do mundo após investimento bilionário da ICE e fim de investigações nos EUA.

Shayne Coplan, de apenas 27 anos, alcançou um feito impressionante: tornou-se o bilionário autodidata mais jovem do mundo após um investimento de US$ 2 bilhões feito pela Intercontinental Exchange (ICE), controladora da Bolsa de Valores de Nova York. A transação elevou a avaliação da Polymarket — plataforma de mercados de previsão fundada por Coplan — para US$ 8 bilhões, marcando uma virada notável para a empresa que, há pouco tempo, enfrentava forte pressão regulatória nos Estados Unidos.
Da ideia no banheiro ao topo da elite financeira
A jornada de Coplan soa como uma narrativa típica do Vale do Silício, mas com um toque de realidade crua. Em 2020, durante a pandemia, o então estudante da Universidade de Nova York enfrentava dificuldades financeiras tão sérias que chegou a vender objetos pessoais para pagar o aluguel. Sem espaço e recursos, transformou o banheiro de seu apartamento em um pequeno escritório improvisado — local onde nasceu a Polymarket.
Em uma publicação recente nas redes sociais, Coplan recordou o início desafiador: “Tinha 21 anos, sem dinheiro e sem nada a perder. Mas sabia que estávamos entrando em uma era em que a busca pela verdade seria essencial.” Hoje, seu nome aparece no Bloomberg Billionaires Index, ao lado de gigantes como Changpeng Zhao (Binance) e Brian Armstrong (Coinbase).
Superação regulatória e nova era sob o governo Trump
A trajetória da Polymarket quase foi interrompida em 2022, quando a Comissão de Futuros de Commodities (CFTC) multou a empresa em US$ 1,4 milhão por operar sem registro adequado. Na época, a plataforma precisou bloquear usuários americanos, e Coplan chegou a ser investigado pelo FBI após apostas milionárias em torno da eleição presidencial de 2024.
Contudo, o cenário mudou sob a nova administração de Donald Trump. Em 2025, as investigações foram encerradas sem acusações, e o relacionamento com o governo norte-americano melhorou. O filho do ex-presidente, Donald Trump Jr., inclusive, passou a atuar como conselheiro da empresa por meio da 1789 Capital, fortalecendo os laços da startup com o poder político e financeiro dos EUA.
Apoio de Wall Street e expansão global
Com o investimento da ICE, a Polymarket entrou oficialmente no sistema financeiro tradicional. O CEO da ICE, Jeffrey Sprecher, destacou que a parceria une “a escala institucional da ICE à expertise tecnológica da Polymarket”, permitindo criar produtos financeiros modernos e acessíveis.
A empresa também ampliou sua atuação após adquirir a QCEX, bolsa de derivativos licenciada pela CFTC, o que possibilitou seu retorno legal ao mercado americano. Agora, usuários podem apostar em resultados de eleições, esportes e dados econômicos por meio de contratos inteligentes em blockchain.
Segundo Coplan, essa nova fase representa “um passo crucial para tornar os mercados de previsão parte integrante das finanças globais”. A parceria ainda abre caminho para projetos de tokenização e ativos digitais, em um ambiente cada vez mais favorável às criptomoedas.