Liga de fiis debate o futuro dos fundos de desenvolvimento imobiliário

O cenário dos fundos de investimento imobiliário (FIIs) de desenvolvimento está em foco, especialmente com a expectativa de mudanças na taxa Selic em 2026 e as transformações no crédito imobiliário. Gestores estão reavaliando suas estratégias e buscando novas oportunidades de retorno.
Em um debate recente, especialistas discutiram o futuro do setor. Pedro Ernesto, gestor da TG Core Asset e responsável pelo TGAR11, um dos maiores FIIs de desenvolvimento do país, e Fernanda Rosalem, head de investimentos da Paladin Realty, empresa que expande sua atuação no Brasil com investimentos em crédito, projetos residenciais e logísticos, compartilharam suas visões.
Os participantes detalharam suas perspectivas para 2026, abordando o ritmo de novos lançamentos, os impactos da possível queda dos juros nas vendas de imóveis, as opções de financiamento e a viabilidade de novos projetos.
As diferenças nas teses de investimento também foram um ponto central da discussão. Enquanto o TGAR11 concentra-se no interior do país, em regiões com forte presença do agronegócio e alto déficit habitacional, a Paladin demonstra preferência por projetos compactos em áreas centrais de São Paulo.
Modelos de governança e acompanhamento de projetos foram analisados, incluindo a colaboração com empreendedores regionais no caso do TGAR11 e a gestão de risco em operações urbanas pela Paladin.
Outro tópico abordado foi a estrutura de cotas sênior e subordinada, utilizada por alguns fundos de desenvolvimento, e como ela pode atrair diferentes perfis de investidores.



