Maiores fortunas dos eua aumentam us$ 698 bilhões em meio à crise

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Em um cenário de crescente disparidade econômica, onde muitos americanos enfrentam dificuldades com o aumento dos custos de vida e cortes em programas sociais, as maiores fortunas dos Estados Unidos experimentaram um crescimento exponencial no último ano. Um relatório recente revelou que os dez bilionários mais ricos do país aumentaram seus patrimônios combinados em impressionantes US$ 698 bilhões.

Este seleto grupo de super-ricos é composto, em grande parte, por líderes de empresas que se beneficiam do avanço tecnológico e da inteligência artificial. Entre eles, destacam-se o cofundador da Oracle, Larry Ellison; o fundador da Amazon, Jeff Bezos; os cofundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin; o CEO da Meta, Mark Zuckerberg; o CEO da Nvidia, Jensen Huang; o ex-CEO da Microsoft, Steve Ballmer; e o fundador da Dell Technologies, Michael Dell.

Em média, cada um dos dez bilionários mais ricos dos EUA viu sua fortuna aumentar em US$ 69,8 bilhões no último ano. Essa quantia é 833.631 vezes maior do que a renda anual média de uma família americana, que foi de US$ 83.730 no ano anterior.

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Enquanto as fortunas dos bilionários crescem, uma parcela significativa da população americana luta para sobreviver com salários modestos. De acordo com o relatório, mais de 40% dos americanos, incluindo quase metade das crianças, são considerados pobres ou de baixa renda.

A concentração de riqueza nos EUA tem se acentuado ao longo das últimas décadas. Entre 1989 e 2022, as famílias ricas, situadas no percentil 99, acumularam 101 vezes mais riqueza do que as famílias de renda média. Atualmente, os 0,1% mais ricos dos americanos detêm 12,6% dos ativos totais e 24% do mercado de ações, enquanto os 50% mais pobres possuem apenas 1,1% da bolsa.

A desigualdade econômica afeta de forma desproporcional mulheres e pessoas negras. Em média, uma família chefiada por um homem acumula quatro vezes mais riqueza do que uma família chefiada por uma mulher. A riqueza das famílias brancas cresceu 7,2 vezes mais do que a das famílias negras e 6,7 vezes mais do que a das famílias hispânicas/latinas. Embora representem um terço da população dos EUA, as famílias negras e hispânicas/latinas detêm apenas 5,8% da riqueza total do país.

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