Metanol no combustível: quais os riscos para seu veículo?
Uma investigação revelou, em agosto de 2025, um esquema criminoso bilionário envolvendo o setor de combustíveis e a facção criminosa PCC. Entre as práticas ilegais identificadas, destaca-se a adulteração de combustíveis com metanol.
A utilização de metanol na composição dos combustíveis surge como uma forma de reduzir custos, uma vez que sua carga tributária é inferior à dos combustíveis automotivos. Além disso, sua detecção na mistura é complexa, tornando a fraude mais difícil de ser descoberta.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estabelece um limite máximo de 0,5% de metanol na mistura com combustíveis. No entanto, as investigações apontaram para percentuais que atingiam até 90% em alguns postos de combustíveis. Diante desse cenário, surge a preocupação sobre os riscos que essa substância pode representar para os veículos.
O metanol, por ser uma substância tóxica e corrosiva, pode causar danos ao motor do veículo logo no primeiro abastecimento. O contato direto com componentes como bicos injetores, câmara de combustão, guia de válvulas, flauta de combustível, bomba de alta pressão e bomba de baixa pressão pode levar à corrosão dessas peças.
Além disso, a alta concentração de metanol pode danificar a bomba de combustível. Os problemas causados pela substância podem levar à falha do veículo com o tempo.
Para identificar se o veículo foi abastecido com combustível adulterado, é importante estar atento a alguns sinais, como perda de potência do motor.
Para evitar ser vítima desse tipo de fraude, é recomendado abastecer sempre em postos de confiança, evitar estabelecimentos com preços muito abaixo do mercado e sempre exigir a nota fiscal.