Microsoft confirma fim do suporte ao Windows 10 e deixa milhões sem atualizações
Microsoft confirma o fim do suporte ao Windows 10, afetando milhões de usuários que deixarão de receber atualizações e suporte técnico.

A Microsoft encerrou oficialmente nesta terça-feira (14) o suporte ao Windows 10, encerrando um ciclo de quase dez anos de um dos sistemas operacionais mais utilizados no mundo. A decisão afeta cerca de 650 milhões de usuários globalmente, que deixam de receber atualizações de segurança gratuitas. No Brasil, estima-se que 13 milhões de computadores corporativos ainda utilizem o sistema lançado em 2015.
Com o fim do suporte, o Windows 10 não terá mais correções de segurança, atualizações de software nem assistência técnica. A empresa recomenda que os usuários façam a migração para o Windows 11, disponível desde 2021, que promete mais desempenho e segurança. No entanto, nem todos os computadores atuais são compatíveis com o novo sistema, o que tem gerado preocupação entre usuários e empresas.
Para amenizar o impacto da mudança, a Microsoft lançou uma alternativa chamada ESU (Atualizações de Segurança Estendidas). O programa, que surpreendeu o mercado por ser oferecido gratuitamente em alguns casos, permite que os dispositivos continuem recebendo atualizações de segurança até 13 de outubro de 2026. A gratuidade, porém, vale apenas para quem sincronizar o computador com o backup em nuvem da Microsoft.
Quem não optar por essa sincronização terá de pagar pelo ESU. O custo é de US$ 30 por ano (aproximadamente R$ 165) ou o equivalente a 1.000 pontos do Microsoft Rewards. Empresas podem adquirir o serviço por até três anos, com o preço dobrando a cada renovação — começando em US$ 61 por dispositivo.
Mesmo com a oferta, milhões de usuários enfrentarão dificuldades. O grupo Public Interest Research Group (PIRG) estima que cerca de 400 milhões de computadores não atendem aos requisitos mínimos para o Windows 11, como processador de 64 bits, pelo menos 4 GB de RAM, 64 GB de armazenamento e o chip de segurança TPM 2.0, presente apenas em equipamentos mais modernos.
Especialistas alertam que permanecer no Windows 10 sem o ESU pode representar riscos sérios. Sem as atualizações de segurança, os dispositivos ficam mais expostos a ataques cibernéticos, vírus e malware. Em nota, a própria Microsoft reforçou a importância da atualização: “Sem suporte contínuo, o sistema torna-se vulnerável a ameaças que podem comprometer dados e o desempenho do computador”.
Com o encerramento oficial, chega ao fim uma era marcante da história da Microsoft, que viu o Windows 10 se tornar o sistema operacional padrão em empresas, escolas e lares. Agora, o desafio é convencer milhões de usuários a migrarem para o futuro da marca — o Windows 11.