Mineração: liderança feminina cresce, mas representação geral trava em 22%

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Um estudo recente revela que a participação feminina no setor de mineração brasileiro permanece estagnada em 22% da força de trabalho total. A pesquisa, divulgada na terça-feira (2), aponta para uma persistente desigualdade de gênero na indústria, apesar de alguns avanços notáveis em posições de liderança.

O relatório, em sua quinta edição, analisa dados e indicadores sobre a presença e o papel das mulheres no setor mineral do país. Embora a representatividade geral não tenha apresentado alterações significativas em relação ao ano anterior, o estudo identificou progressos em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento profissional feminino.

Um dos destaques é o aumento de 3% na participação de mulheres em cargos de liderança. Este dado sugere que, embora a entrada de mulheres no setor continue a um ritmo lento, aquelas que já estão inseridas no mercado de trabalho da mineração estão conseguindo ascender a posições de maior responsabilidade e influência. Essa progressão na carreira pode indicar uma mudança cultural gradual dentro das empresas, com maior reconhecimento do potencial e das habilidades das mulheres em funções de gestão.

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No entanto, a estagnação na participação geral demonstra que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a igualdade de gênero na mineração. Fatores como a imagem tradicionalmente masculina do setor, a falta de políticas de incentivo à contratação de mulheres e as dificuldades de conciliar a vida pessoal com as exigências do trabalho em algumas áreas da mineração podem contribuir para a baixa representatividade.

O relatório enfatiza a importância de implementar ações efetivas para aumentar a participação feminina em todos os níveis da hierarquia. Isso inclui programas de capacitação, políticas de promoção da igualdade salarial e de oportunidades, e a criação de um ambiente de trabalho mais inclusivo e acolhedor para as mulheres. A promoção da diversidade de gênero não apenas contribui para a justiça social, mas também pode trazer benefícios econômicos para as empresas, como o aumento da criatividade, da inovação e da produtividade.

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