Moradores de lisboa pedem menos carros e mais qualidade do ar na baixa

Moradores da Baixa de Lisboa, apoiados por ambientalistas, entregaram hoje uma petição na Câmara Municipal, solicitando medidas urgentes para reduzir o trânsito e melhorar a qualidade do ar na região. A ação, organizada pela Associação de Moradores e Amigos de Santa Maria Maior com o suporte da associação ambientalista Zero, marca o Dia Mundial do Transporte Sustentável e visa pressionar as autoridades a priorizarem a mobilidade sustentável.
A petição, entregue por volta das 9h15, detalha diversos problemas enfrentados na Baixa de Lisboa e propõe soluções concretas para mitigar os impactos negativos do tráfego intenso. Uma representante da Zero destacou que a autarquia demonstrou receptividade, sinalizando que em breve apresentará medidas relacionadas à mobilidade e que mantém um canal aberto para discussões sobre o tema.
O objetivo central da iniciativa é sensibilizar as instituições municipais para que considerem a questão da mobilidade urbana como uma prioridade, investindo em transporte público eficiente, mobilidade ativa e na redução do tráfego de veículos particulares. Os moradores e ambientalistas esperam que a Câmara priorize o transporte público regular e flexível, além da mobilidade ativa, em detrimento do uso excessivo de automóveis.
Medições recentes da qualidade do ar realizadas pela Zero revelaram níveis de poluição muito acima dos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), evidenciando o impacto do tráfego na saúde, segurança e qualidade de vida de residentes, trabalhadores e visitantes da Baixa.
A petição propõe a implementação de uma zona de emissão zero (ZZE), restringindo a circulação de veículos não elétricos entre a Rua da Madalena, Largo José Saramago, Cais do Sodré, Chiado, Rossio e Praça da Figueira. A exceção seriam residentes da freguesia de Santa Maria Maior e veículos de emergência.
Outras medidas incluem a criação de corredores exclusivos para transportes públicos e a implementação de um limite de velocidade de 30 quilômetros por hora em toda a área. A petição também sugere prioridade para moradores em parques de estacionamento subterrâneos, criação de áreas designadas para tuk-tuks e veículos TVDE, e melhorias na acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida.
A requalificação de passeios, a interconexão da rede de ciclovias e um planejamento urbano transparente com a participação ativa da comunidade também estão entre as solicitações. Os proponentes da petição almejam transformar a Baixa de Lisboa em um modelo de cidade sustentável, inteligente e focada nas pessoas, servindo de exemplo para outras cidades portuguesas.
Fonte: www.noticiasaominuto.com

