O beatle vetado: a história da quase participação de mccartney em ‘dark side of the…

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Enquanto o Pink Floyd lapidava sua obra-prima, “The Dark Side of the Moon” (1973), nos estúdios Abbey Road, em Londres, Paul McCartney também se encontrava no mesmo local. O ex-Beatle trabalhava em “Red Rose Speedway” (1973), o segundo álbum com sua banda, Wings.

Essa curiosa coincidência quase resultou em uma colaboração entre McCartney e o Pink Floyd. No entanto, o baixista, vocalista e líder do grupo, Roger Waters, acabou por vetar a participação do músico.

Waters, a mente por trás de “The Dark Side of the Moon”, estava coletando depoimentos de diversas pessoas presentes em Abbey Road para inserir no álbum. Produtores, porteiros e outros músicos, incluindo Paul McCartney, foram entrevistados.

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Apesar da boa vontade de McCartney, suas respostas não agradaram Waters, que decidiu não utilizar as falas do Beatle no álbum.

Em um documentário sobre a criação de “The Dark Side of the Moon”, Waters explicou a decisão: “Ele [Paul] foi a única pessoa que achou necessário se apresentar, o que foi inútil, é claro. Achei muito interessante que ele fizesse isso. Mas ele estava tentando ser engraçado, o que não era nada do que queríamos.”

A história do Pink Floyd se cruzou com a dos Beatles em outras ocasiões. Durante a gravação do álbum de estreia do Pink Floyd, “The Piper at the Gates of Dawn” (1967), os Beatles também estavam em Abbey Road, trabalhando em “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” (1967).

O baterista Nick Mason relembrou o impacto de encontrar os Beatles no mesmo estúdio: “Gravamos nosso primeiro álbum no Abbey Road Studios e, no final do corredor, os Beatles faziam Sgt. Pepper’s. Fomos convidados para visitar os ‘deuses’ e eles estavam gravando a música ‘Lovely Rita’. Foi um momento crucial, porque, sem os Beatles, nós talvez não existiríamos.”

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Mason ressaltou a importância de “Sgt. Pepper’s”, considerando-o um divisor de águas na indústria fonográfica. Segundo ele, o álbum mudou o foco dos singles para os álbuns, permitindo que bandas como o Pink Floyd tivessem mais tempo e liberdade criativa em estúdio.

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