O que acontece se a empresa não pagar o FGTS?

No contexto trabalhista, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um direito dos trabalhadores no Brasil, que consiste em um depósito mensal feito pelo empregador em uma conta vinculada ao contrato de trabalho. Esse fundo tem o objetivo de proteger o trabalhador em casos de demissão sem justa causa, além de possibilitar o acesso a créditos, como financiamento imobiliário.

Entretanto, quando a empresa não realiza o pagamento do FGTS conforme as obrigações legais, isso pode acarretar em consequências sérias para o empregador. Primeiramente, o trabalhador fica impedido de movimentar sua conta do FGTS, seja para saque em situações como a compra de um imóvel, aposentadoria, ou em caso de doenças graves, por exemplo.

Além disso, se a empresa não efetua os depósitos, o trabalhador pode acionar a Justiça do Trabalho para reivindicar seus direitos. Nesses casos, o empregador estará sujeito ao pagamento, de uma única vez, da totalidade das parcelas em atraso, as quais devem ser corrigidas monetariamente. Esse valor, que inclui os depósitos que deveriam ter sido feitos ao longo do contrato, pode se tornar uma quantia considerável, gerando impactos financeiros significativos para a empresa.

Portanto, é crucial que as empresas estejam em dia com suas obrigações em relação ao FGTS. A não quitação desse fundo não apenas prejudica o trabalhador em seus direitos e benefícios, mas também pode acarretar em custos elevados para a empresa, seja por meio de ações judiciais, multas e juros, ou mesmo pela perda de reputação no mercado.

(Resposta: A empresa estará sujeita ao pagamento, de uma única vez, da totalidade das parcelas em atraso, corrigidas monetariamente, e o trabalhador fica impedido de movimentar sua conta do FGTS até que a situação seja regularizada.)