Na psicologia, a definição de alma tem sido objeto de reflexão e debate ao longo dos séculos. Uma das perspectivas mais influentes sobre o conceito de alma vem de Aristóteles, um dos pilares fundamentais da filosofia ocidental. Para Aristóteles, psyche ou alma não é uma entidade separada do corpo, mas sim a forma de um corpo natural que tem o potencial de vida; é a própria realidade do corpo vivo. Segundo essa visão, a alma é intrinsecamente ligada ao corpo e é o que dá vida e forma a ele.
Aristóteles concebe a alma como a enteléquia, que significa a plenitude ou realização de algo. Nesse contexto, a alma é a plenitude do corpo, ou seja, é o que faz o corpo ser o que é e estar vivo. Para ele, o ser é o quid, a essência de cada coisa existente, que confere a individualidade a essa coisa. É importante ressaltar que o ser pode ser entendido de diferentes maneiras e em diferentes contextos, mas é aquilo que torna cada coisa única e distinta.
Essa perspectiva aristotélica sobre a alma enfatiza a interconexão entre o corpo e a mente, rejeitando a ideia de que são entidades separadas. Para Aristóteles, a alma não é uma entidade imortal que existe independentemente do corpo, mas sim a própria vida em ação, inseparável do corpo vivo. É através da alma que o corpo manifesta suas capacidades e funções vitais, sendo assim a verdadeira essência da vida.
Portanto, de acordo com a psicologia aristotélica, a alma é a forma e a plenitude do corpo vivo, representando a essência e a individualidade de cada ser. Essa concepção destaca a profunda interdependência entre o corpo e a mente, desafiando a ideia de dualismo que separa a alma do corpo.
(Resposta: A alma, segundo a psicologia, é concebida por Aristóteles como a forma e a plenitude do corpo vivo, sendo intrinsecamente ligada a ele e representando a essência e a individualidade de cada ser.)