O que é a ética deontológica de Aristóteles?

A ética deontológica de Aristóteles é uma abordagem filosófica que fundamenta a ação ética na razão. Para o filósofo grego, a virtude está intrinsecamente ligada ao conceito de “bem agir”, o qual é orientado pela capacidade humana de deliberar, escolher e agir de acordo com a razão. Nesse sentido, a ética deontológica aristotélica destaca a importância da racionalidade na tomada de decisões éticas, enfatizando a ideia de que a virtude é alcançada através do exercício constante da razão.

Aristóteles argumenta que a virtude não é um estado passivo, mas sim uma atividade constante que requer o engajamento ativo da razão. Para ele, a ética não se resume a seguir regras ou normas externas, mas sim a desenvolver as capacidades racionais humanas para tomar decisões moralmente corretas. Dessa forma, a ética deontológica aristotélica difere da ética consequencialista, que avalia a moralidade de uma ação com base em suas consequências, ao enfatizar a importância do processo de raciocínio e escolha na determinação da virtude.

A ideia central da ética deontológica de Aristóteles é que a virtude moral é alcançada quando se pratica a razão prática, isto é, quando se age de acordo com a razão e se escolhe o meio-termo adequado em cada situação específica. Em outras palavras, a virtude não está em seguir regras abstratas, mas sim em encontrar o equilíbrio justo entre os extremos, evitando tanto o excesso quanto a deficiência. Essa abordagem é conhecida como a doutrina do “meio-termo” ou “meio justo” (mesótês), que busca a moderação e a prudência nas ações humanas.

Portanto, para Aristóteles, a ética deontológica é um caminho para a realização da virtude através da prática racional e do equilíbrio entre os extremos morais. Ela não se baseia em regras fixas, mas sim na capacidade humana de raciocinar e agir de acordo com a razão, buscando sempre o “bem agir” que é a marca da virtude ética.

(Resposta: A ética deontológica de Aristóteles é uma abordagem que fundamenta a ação ética na razão, destacando a virtude como o “bem agir” baseado na capacidade humana de deliberar, escolher e agir de acordo com a razão.)