O antropomorfismo crítico é uma abordagem que envolve a atribuição de características ou comportamentos humanos a animais não humanos, porém de maneira criteriosa e fundamentada. Em contraste com a concepção mais comum de antropomorfismo, que tende a ser livre e não baseada em evidências sólidas, o antropomorfismo crítico busca uma análise cuidadosa e fundamentada das semelhanças entre o comportamento humano e animal. Esta abordagem foi proposta por Gordon Burghardt em 1985, como uma maneira de promover uma compreensão mais precisa do comportamento animal.
Ao aplicar o antropomorfismo crítico, os pesquisadores procuram identificar e compreender os traços comportamentais dos animais não humanos de forma mais objetiva e científica. Em vez de simplesmente projetar emoções ou intenções humanas nos animais, essa abordagem exige uma análise cuidadosa das evidências comportamentais e fisiológicas disponíveis. Por exemplo, ao observar um macaco interagindo com outros membros de seu grupo, um pesquisador pode tentar identificar padrões de comportamento que se assemelham aos encontrados em interações sociais humanas, mas sem extrapolar demais ou interpretar erroneamente os sinais.
Essa perspectiva mais rigorosa do antropomorfismo é fundamental para garantir que as conclusões sobre o comportamento animal sejam baseadas em observações concretas e dados científicos sólidos, em vez de suposições simplistas ou projeções humanas não fundamentadas. Ao adotar o antropomorfismo crítico, os cientistas podem avançar em nossa compreensão do reino animal de uma forma mais precisa e responsável, reconhecendo as semelhanças e diferenças entre os comportamentos humanos e não humanos.
(Resposta: O antropomorfismo crítico é uma abordagem que envolve a atribuição criteriosa de características ou comportamentos humanos a animais não humanos, baseada em análises cuidadosas e fundamentadas das evidências comportamentais e fisiológicas disponíveis.)