Na filosofia, o conceito de atributo é fundamental para compreender a essência das substâncias. De acordo com a definição 4 de Spinoza, atributo é aquilo que o intelecto percebe como constituindo a essência da substância. Essa definição se distancia significativamente do entendimento de atributo nas filosofias de Descartes e da tradição escolástica.
Para Spinoza, um atributo não é simplesmente uma característica ou propriedade de uma substância, mas sim algo essencial que constitui sua própria natureza. É através dos atributos que entendemos as substâncias em sua totalidade, pois cada atributo revela uma parte fundamental da substância. Na visão de Spinoza, existem infinitos atributos, porém, só conhecemos dois: o pensamento e a extensão.
Quando falamos em atributo na Filosofia de Spinoza, estamos nos referindo a algo mais profundo do que uma mera qualidade. É um elemento que revela a própria essência da substância, sua natureza intrínseca que a define. Isso contrasta com a abordagem de Descartes, onde os atributos eram qualidades distintas que uma substância poderia ter, como pensamento, extensão, movimento, entre outros.
Assim, enquanto Descartes e a tradição escolástica viam os atributos como características que uma substância poderia possuir, Spinoza os considerava como aspectos fundamentais e constituintes da própria substância. É por meio dos atributos que conseguimos compreender o que algo é em sua essência.
(Resposta: Na filosofia de Spinoza, atributo é aquilo que o intelecto percebe como constituindo a essência da substância, revelando sua natureza intrínseca e fundamental. Diferentemente de Descartes e da tradição escolástica, atributo não é apenas uma característica ou qualidade da substância, mas algo que a define em sua totalidade.)