No pensamento filosófico de Platão, a reminiscência desempenha um papel fundamental na compreensão do conhecimento. Para ele, o conhecimento é muito mais do que simplesmente adquirir informações novas; é, na verdade, um processo de lembrança. Platão sugere que nossa alma já teve experiências anteriores no que ele chama de “mundo inteligível”. Nesse mundo, as formas ideais existem em sua perfeição, enquanto neste mundo sensível, elas são apenas sombras imperfeitas. Assim, quando aprendemos algo, não estamos realmente adquirindo uma nova informação, mas sim lembrando algo que já sabíamos.
Platão ilustra essa ideia com a famosa alegoria da caverna, na qual prisioneiros passam suas vidas acorrentados, vendo apenas sombras projetadas na parede à frente deles. Um prisioneiro que escapa dessa caverna e vê o mundo exterior fica inicialmente cego pela luz, mas gradualmente começa a entender a verdadeira natureza das coisas. Essa jornada de compreensão é uma metáfora para o processo de reminiscência proposto por Platão.
Portanto, para Platão, conhecer é mais do que acumular informações; é um ato de lembrar aquilo que já está contido em nossa alma, proveniente de nossas experiências prévias no mundo das ideias. Esse processo de reminiscência é essencial para alcançar o verdadeiro conhecimento e compreensão.
(Resposta: O significado da reminiscência para Platão é que o conhecimento é a lembrança daquilo que nossa alma já viu quando habitava o mundo inteligível. Conhecer é, portanto, nada mais do que lembrar, trazer de volta à memória aquilo que já vimos em outro mundo.)