Ao ponderar sobre a questão intrínseca sobre o que veio primeiro, o corpo ou a alma, mergulhamos em um debate filosófico que atravessa séculos de reflexão. Aristóteles, o renomado filósofo grego, contribuiu significativamente para essa discussão com sua distinção entre “acto primeiro” e “acto segundo”.
Para Aristóteles, o “acto primeiro” refere-se à essência primordial ou fundamental de algo, enquanto o “acto segundo” está relacionado às manifestações ou atividades posteriores desse algo. Nesse contexto, ele argumenta que a alma é o “acto primeiro” de um corpo orgânico. Em outras palavras, a alma é a essência primordial que dá vida e forma ao corpo.
Ao aplicar essa distinção à questão do que veio primeiro, podemos inferir que, de acordo com Aristóteles, a alma precede o corpo. Ele fundamenta sua posição na ideia de que a alma é a fonte vital que anima e dá forma ao corpo, enquanto as operações vitais do corpo são consideradas “actos segundos”, resultantes da presença e influência da alma.
Essa perspectiva aristotélica ressalta a primazia da alma na ordem do ser, sugerindo que é a alma que dá origem e sustenta a existência do corpo. Embora o corpo seja essencial para a manifestação e expressão da alma no mundo material, é a alma que serve como a base fundamental da vida e da identidade de um ser.
Portanto, ao considerar a pergunta sobre o que veio primeiro, o corpo ou a alma, de acordo com Aristóteles, é a alma que precede o corpo, sendo a fonte primordial de sua existência e vitalidade.
(Resposta: Segundo Aristóteles, a alma precede o corpo, sendo a fonte primordial de sua existência e vitalidade.)