Ondas solares intensas podem causar auroras visíveis até 17 de outubro
Quatro tempestades solares devem atingir a Terra até 17 de outubro e podem gerar auroras boreais raras, visíveis até em regiões do sul dos EUA.

Uma série de tempestades solares está a caminho da Terra e promete encantar observadores do céu e preocupar especialistas em clima espacial. Segundo o Centro de Previsão de Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), quatro ejeções de massa coronal foram lançadas de uma área altamente ativa do Sol e devem atingir o planeta entre os dias 15 e 17 de outubro. O fenômeno pode causar auroras boreais visíveis em regiões mais ao sul do que o habitual e, em alguns casos, provocar interferências em satélites e comunicações.
Os cientistas explicam que essas ejeções se originaram da chamada Região Ativa 4246, uma das maiores e mais complexas manchas solares observadas no Ciclo Solar 25. Essa área tem apresentado intensa atividade, liberando várias erupções solares de classe M, que estão entre as mais fortes registradas neste ano. O pico de impacto dessas ondas deve ocorrer na noite do dia 16 de outubro, quando a NOAA emitiu um alerta de tempestade geomagnética G2 (moderada).
De acordo com previsões atualizadas, o índice Kp, que mede a intensidade das tempestades geomagnéticas, pode atingir valores próximos de 5,67, o que é suficiente para que o fenômeno das auroras seja visto em partes mais ao sul do hemisfério norte. Isso inclui estados norte-americanos como Nova York, Michigan e Maine, além de partes do Canadá e até o norte da Escócia.
A especialista em clima espacial Tamitha Skov destacou que a primeira das quatro ejeções provavelmente causará apenas distúrbios leves, mas as outras três estão “empilhadas” e devem chegar quase ao mesmo tempo, o que pode amplificar os efeitos no campo magnético da Terra. Esse tipo de combinação é raro e pode gerar auroras boreais intensas e coloridas, com tons de verde, rosa e roxo iluminando o céu noturno.
Para quem pretende observar o fenômeno, os astrônomos recomendam procurar locais afastados da poluição luminosa e monitorar aplicativos que acompanham as condições em tempo real, como o Aurora Forecast da NOAA. Segundo os meteorologistas, o melhor momento será após o anoitecer de 16 de outubro, quando as chances de visibilidade serão maiores, especialmente se o céu estiver limpo.
Apesar de o evento ser considerado moderado, ele reforça a importância do monitoramento constante da atividade solar, já que tempestades mais fortes podem afetar redes elétricas e sistemas de comunicação globais. Por enquanto, o espetáculo promete ser uma oportunidade rara para quem sonha em ver de perto a beleza das auroras boreais.