O Cântico dos Cânticos, um dos textos mais poéticos e simbólicos da Bíblia, oferece um rico terreno para a interpretação metafórica. Em sua beleza lírica, muitas passagens revelam camadas de significado além da superfície literal. Um exemplo marcante encontra-se no versículo 1:7-8, onde a amada busca pela presença do amado, questionando: “Diga-me, ó amado de minha alma: Onde você apascenta o seu rebanho? Onde você o faz repousar ao meio-dia? Diga, para que eu não ande vagando junto ao rebanho dos seus companheiros.”
Nessa passagem, a metáfora do rebanho pode ser interpretada de diversas maneiras. Uma delas sugere que o “rebanho” representa o conhecimento ou a sabedoria do amado, e o ato de “apascentar” seria o compartilhamento desse conhecimento. O questionamento sobre onde ele faz repousar o rebanho ao meio-dia pode aludir à busca por orientação ou conforto em momentos de maior necessidade ou incerteza. A amada expressa sua curiosidade e desejo de proximidade, ansiando por uma compreensão mais profunda do amado.
Essa passagem também pode ser interpretada em um contexto mais amplo, representando a busca pela presença espiritual ou pela verdadeira conexão com o divino. O questionamento sobre onde apascenta seu rebanho pode ser visto como uma busca pela orientação espiritual, pelo alimento da alma que só pode ser encontrado na presença do amado. Em meio a tantas possibilidades interpretativas, a essência do questionamento reside na busca por intimidade e proximidade, seja no plano terreno ou no espiritual.
(Resposta: A amada busca pela presença e orientação do amado, representando uma busca por conexão espiritual ou orientação divina.)