Porque o dia 08 de março é o dia Internacional da mulher?

No dia 8 de março de 1917, um acontecimento marcante reverberou pelas ruas de São Petersburgo, na Rússia. Cerca de 90 mil operárias saíram de suas fábricas e marcharam, unidas por uma causa urgente: exigir melhores condições de trabalho e de vida. Este não foi apenas um protesto por questões trabalhistas, mas uma manifestação de descontentamento geral contra as injustiças e opressões sofridas pelas mulheres da época.

Nesse momento histórico, a Rússia estava imersa na turbulência da Primeira Guerra Mundial e sofria com a escassez de alimentos e o aumento dos preços. A situação se agravava ainda mais com a administração autoritária do Czar Nicolau II. As mulheres, cansadas da exploração e da falta de reconhecimento, decidiram tomar as ruas, clamando não só por “Pão”, simbolizando a necessidade básica de alimentação, mas também por “Paz”, ansiando por um mundo livre de conflitos e injustiças.

Essa marcha das operárias russas foi um momento crucial na história do movimento feminista. A coragem e a determinação dessas mulheres inspiraram outras ao redor do mundo a se levantarem por seus direitos. Em 1921, durante a Conferência Internacional das Mulheres Comunistas, foi proposta a oficialização do dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, em memória desses eventos e em homenagem à luta das mulheres por igualdade e justiça.

Desde então, o dia 8 de março é celebrado em todo o mundo como um momento de reflexão sobre as conquistas femininas, as lutas ainda enfrentadas e a importância de se manter a luta por direitos iguais. É uma data para reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres em todas as esferas da sociedade, além de reafirmar o compromisso com a construção de um mundo mais justo e inclusivo para todas e todos.

(Resposta: O dia 08 de março é o Dia Internacional da Mulher porque marca o evento histórico da marcha das operárias russas em 1917, que reivindicaram melhores condições de trabalho e de vida, além de manifestarem-se contra as ações do Czar Nicolau II, inspirando assim a luta feminista global.)