Previdência: entenda a tabela do inss e maximize sua aposentadoria

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A tabela do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é um documento fundamental que impacta diretamente a vida financeira dos trabalhadores. Ela desempenha duas funções primordiais: definir o valor do desconto mensal no salário, através da Tabela de Contribuição, e estabelecer os critérios de idade e tempo de contribuição necessários para a aposentadoria, por meio da Tabela de Elegibilidade. Para otimizar os benefícios do INSS, é crucial compreender que o cálculo não é linear, mas sim progressivo, exigindo atenção constante.

Em novembro de 2025, as regras implementadas após a Reforma da Previdência de 2019 tornaram essencial que os contribuintes compreendam como o cálculo progressivo afeta seus salários líquidos e como o Planejamento Previdenciário pode ser utilizado para navegar pelas Regras de Transição, garantindo assim a maior Renda Mensal Inicial (RMI) possível.

A Tabela de Contribuição é o que determina o valor do desconto previdenciário aplicado ao salário. A contribuição do trabalhador regido pela CLT não é uma porcentagem fixa sobre o salário bruto. Em vez disso, é aplicada de forma progressiva, incidindo apenas sobre a parcela do salário que se enquadra em cada faixa salarial. Por exemplo, a alíquota inicial é de 7,5% sobre o salário mínimo, e o percentual de desconto aumenta para 9%, 12% ou 14% apenas sobre a parte do salário que ultrapassa o limite da faixa anterior. É fundamental que o trabalhador revise seu contracheque para assegurar que o empregador aplicou o cálculo progressivo corretamente e não descontou o valor integralmente.

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Existe um limite máximo para o Salário de Contribuição (SC), conhecido como Teto do INSS, que em 2025 é de aproximadamente R$ 7.500,00. O desconto do trabalhador só incide até esse valor máximo. Contribuir sobre o teto garante uma RMI futura maior, limitada ao próprio teto, mas essa contribuição deve ser feita de forma consciente.

Aproveitar ao máximo os benefícios do INSS começa com a garantia de que o desconto aplicado atualmente está correto. Erros de cálculo ou a omissão de verbas salariais podem resultar em descontos incorretos, prejudicando o orçamento mensal. É importante que o trabalhador confira o valor do desconto do INSS e monitore se o Salário de Contribuição (SC) total, incluindo horas extras e adicionais, foi registrado corretamente. O SC é a base para o cálculo futuro, e sua auditoria garante que o valor seja o maior possível, até o teto. O segurado deve utilizar o sistema Meu INSS para verificar o extrato do CNIS e garantir que o SC está sendo reportado corretamente pelo empregador.

A Tabela de Elegibilidade define o tempo e a idade necessários para a aposentadoria. É essencial que o trabalhador entenda que as Regras de Transição, como a Regra de Pontos e a Idade Progressiva, aumentam os requisitos anualmente. Em 2025, a Regra de Pontos exige 102 pontos para homens e 92 pontos para mulheres. O planejamento deve monitorar a data exata em que o segurado atinge essa pontuação. Além disso, a aposentadoria por tempo de contribuição pura foi eliminada, sendo exigida uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.

A única forma de aproveitar o INSS ao máximo é através de uma estratégia bem definida. O INSS deve aplicar o melhor benefício possível, e o planejamento simula as regras para encontrar a RMI máxima. O Planejamento Previdenciário evita o redutor de 60% na RMI e garante a escolha da Regra de Transição mais vantajosa, como o Pedágio de 100%. Incluir tempos especiais, como o Tempo Especial (PPP) e o Tempo Rural, na contagem total de contribuições reduz o tempo necessário para se aposentar.

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