Previsão do salário mínimo para 2026 é revisada para baixo

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A projeção oficial do salário mínimo para 2026 foi atualizada, com o valor estimado caindo de R$ 1.631,00 para R$ 1.627,00. A revisão foi encaminhada ao Congresso, servindo como base para a análise do Orçamento do próximo ano e influenciando diretamente benefícios, salários e despesas públicas.

A nova projeção indica um aumento de aproximadamente 7,2% em relação ao salário mínimo atual, que é de R$ 1.518,00. A redução na estimativa anterior foi motivada, principalmente, pela diminuição da inflação ao longo de 2025. Como o salário mínimo é corrigido com base no INPC acumulado até novembro, a estabilidade de preços em alguns setores e a queda da inflação impactaram a revisão.

Além da projeção governamental, outros cálculos apontam para possíveis cenários para o valor final do salário mínimo. Um cenário otimista prevê um aumento de 9,2%, elevando o salário para cerca de R$ 1.657,00. Um cenário realista estima um reajuste de 8,7%, chegando a R$ 1.650,00, enquanto o cenário pessimista indica uma alta de 8,3%, alcançando R$ 1.644,00. Estas estimativas consideram possíveis variações na inflação e na atividade econômica até o final do ano.

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A diminuição da projeção do governo está atrelada ao comportamento dos preços no país. Em outubro, o IPCA registrou alta de apenas 0,09%, o menor resultado para o mês em quase três décadas. Esse desempenho contribuiu para que o governo e o mercado reduzissem as estimativas de inflação para o fechamento de 2025. A previsão é de um crescimento mais moderado do PIB para 2026, o que também limita o ganho real do salário mínimo.

A definição final do salário mínimo depende da divulgação do INPC acumulado em 12 meses até novembro, que será publicado nos próximos dias. Após a divulgação, o governo deverá recalcular o valor oficial com base no INPC, considerar o teto de reajuste permitido pelo novo arcabouço fiscal e encaminhar o valor final para publicação via decreto presidencial.

Qualquer alteração no salário mínimo afeta gastos obrigatórios do governo, como benefícios previdenciários, seguro-desemprego e abono salarial. O valor definitivo costuma ser revelado entre o final de dezembro e o início de janeiro, já com vigência imediata a partir de 1º de janeiro do ano seguinte.

O salário mínimo influencia diretamente a vida de milhões de brasileiros, servindo como base para remuneração, aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e diversos benefícios sociais. Um reajuste do salário mínimo, mesmo que moderado, auxilia famílias que dependem exclusivamente do piso, aumenta o poder de compra de trabalhadores formais e reajusta automaticamente aposentadorias e pensões do INSS que estão no piso.

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