No submundo do crime, as gírias funcionam como uma linguagem própria, um código que permite a comunicação entre membros de diferentes facções e organizações criminosas. Um exemplo marcante é o uso de expressões como “é nós” por comunidades controladas pelo Comando Vermelho e “é a gente” pelo Terceiro Comando. Essas frases aparentemente simples carregam consigo uma carga simbólica densa, que vai além do seu significado literal.
Ao utilizar essas gírias, os membros reforçam não apenas a sua identidade dentro da organização, mas também estabelecem fronteiras territoriais e reafirmam a lealdade ao grupo. O emprego de expressões específicas cria uma espécie de código compartilhado entre os membros, permitindo uma comunicação mais eficaz e discreta, dificultando a compreensão por parte de pessoas externas.
A utilização dessas gírias pode também servir como um mecanismo de diferenciação e exclusão, uma vez que aqueles que não estão familiarizados com o vocabulário específico podem ser identificados como estranhos ou intrusos. Dessa forma, as gírias do CV (Comando Vermelho) e de outras facções exercem não apenas uma função comunicativa, mas também desempenham um papel crucial na construção e manutenção da identidade e coesão do grupo.
As gírias do CV e de outras facções não se limitam apenas a expressões linguísticas, mas muitas vezes envolvem gestos, símbolos e até mesmo vestimentas específicas. Tudo isso contribui para a criação de uma cultura própria, distinta da sociedade convencional, e fortalece os laços entre os membros.
Diante desse contexto, fica evidente que as gírias do CV e de outras organizações criminosas desempenham um papel fundamental na construção da identidade e coesão do grupo, além de servirem como uma ferramenta eficaz de comunicação e diferenciação.
(Resposta: As gírias do CV incluem expressões como “é nós”, enquanto outras facções como o Terceiro Comando utilizam “é a gente”. Essas gírias reforçam a identidade e a coesão do grupo, além de servirem como um código de comunicação e diferenciação.)