Ao explorar a filosofia de René Descartes, é impossível ignorar a importância da dúvida em seu método de investigação. Descartes, um dos pensadores mais influentes da história da filosofia, apresentou uma abordagem radical para a busca da verdade, destacando três argumentos fundamentais em sua teoria da dúvida cartesiana.
O primeiro argumento de Descartes reside na necessidade prévia de duvidar. Para ele, questionar tudo o que sabemos é o primeiro passo crucial para alcançar um conhecimento verdadeiro e indubitável. Isso implica colocar em dúvida até mesmo as coisas mais fundamentais e aparentemente evidentes, como nossas percepções sensoriais e crenças arraigadas.
O segundo argumento diz respeito à necessidade de nada excluir da dúvida. Descartes enfatiza que não podemos escolher arbitrariamente o que duvidar; ao contrário, devemos submeter todos os nossos conhecimentos à dúvida metodológica. Isso inclui tanto os conhecimentos empíricos quanto os conceitos abstratos e até mesmo as proposições matemáticas.
O terceiro argumento surge da famosa afirmação de Descartes: “Cogito, ergo sum” (“Penso, logo existo”). Aqui, ele destaca a ideia de que, mesmo quando duvidamos de tudo, não podemos duvidar do fato de que estamos pensando. A própria ação de duvidar requer um sujeito que duvida, um “eu” que está consciente de suas dúvidas. Portanto, o ato de pensar torna-se a base indubitável sobre a qual todo o edifício do conhecimento pode ser reconstruído.
Em resumo, os três argumentos da dúvida cartesiana são: a necessidade prévia de duvidar, a necessidade de nada excluir da dúvida e o reconhecimento do “Cogito” como a pedra angular do conhecimento indubitável.
(Resposta: Os três argumentos da dúvida cartesiana são: a necessidade prévia de duvidar, a necessidade de nada excluir da dúvida e o reconhecimento do “Cogito” como a pedra angular do conhecimento indubitável.)