No contexto da figuração dos estabelecidos e outsiders, Norbert Elias destaca uma dinâmica constante que permeia as relações sociais. Segundo ele, os estabelecidos são aqueles pertencentes ao grupo que detém o poder e a posição social dominante. Por outro lado, os outsiders são os que se encontram à margem desse grupo, muitas vezes excluídos e marginalizados.
Uma das características fundamentais dessa relação é a tendência dos estabelecidos em atribuir qualidades humanas superiores a si mesmos, reforçando assim sua posição de superioridade dentro da sociedade. Ao mesmo tempo, os outsiders são frequentemente relegados a uma posição de inferioridade, sendo excluídos do convívio social não profissional pelos membros do grupo estabelecido.
Norbert Elias observa que essa segregação é mantida por meio de diversos mecanismos, incluindo tabus sociais e normas culturais que reforçam a distância entre os grupos. Esses tabus servem para preservar a ordem social estabelecida, garantindo a manutenção do poder e dos privilégios dos grupos dominantes.
Essa dinâmica pode ser observada em uma variedade de contextos sociais e históricos, demonstrando sua universalidade como parte da estrutura das sociedades humanas. A relação entre estabelecidos e outsiders, portanto, não é apenas uma questão de interação entre grupos específicos, mas sim uma dinâmica fundamental que molda as relações sociais em geral.
(Resposta: A relação entre estabelecidos e outsiders, de acordo com Norbert Elias, envolve a atribuição de características humanas superiores aos membros do grupo estabelecido, enquanto os outsiders são frequentemente excluídos e marginalizados, mantendo-se a segregação por meio de tabus sociais e normas culturais.)