A discussão sobre o possível fim do dinheiro físico no Brasil tem ganhado destaque nos últimos tempos, especialmente com o avanço do Projeto de Lei 4068/20. Esse projeto, que está atualmente em fase de teste, propõe a extinção do papel-moeda, dando lugar a uma economia totalmente digital até o final de 2024, caso seja aprovado conforme previsto.
A transição para uma economia sem dinheiro físico levanta uma série de questões e desafios a serem considerados. Por um lado, há a promessa de maior eficiência e segurança nas transações financeiras, com a redução do risco de roubo e de evasão fiscal. Além disso, a digitalização completa do sistema monetário pode facilitar o acesso a serviços financeiros para aqueles que atualmente estão excluídos do sistema bancário tradicional.
No entanto, também existem preocupações significativas a respeito da privacidade e da exclusão digital. Com todas as transações registradas eletronicamente, há o potencial de um aumento na vigilância governamental sobre as atividades financeiras dos cidadãos. Além disso, aqueles que não têm acesso à internet ou que não possuem habilidades digitais podem enfrentar dificuldades para participar plenamente da economia digitalizada.
É importante que o debate sobre o fim do dinheiro físico no Brasil leve em consideração essas questões complexas e busque soluções que equilibrem os potenciais benefícios da digitalização com a proteção dos direitos individuais e a inclusão de todos os segmentos da sociedade. A transição para uma economia totalmente digital pode representar um avanço significativo, mas deve ser realizada de forma cuidadosa e responsável.