Real se valoriza com alívio inflacionário no Brasil

Real se valoriza com alívio inflacionário no Brasil

O dólar comercial encerrou a segunda-feira (06) com uma valorização de 1%, sendo cotado a R$6,1152, após abrir o dia em R$6,1817. O euro, por sua vez, apresentou uma variação de 0,3%, fechando o pregão a R$6,3537, enquanto sua cotação inicial era de R$6,3728.

Nesta terça-feira (07), o dólar iniciou o dia cotado a R$6,1352 e o euro a R$6,3492, sugerindo estabilidade no curto prazo. Esses movimentos refletem um equilíbrio temporário, mas os dados econômicos dos Estados Unidos e da Zona do Euro são esperados para trazer maior volatilidade ao longo do dia.

Agenda Econômica e Indicadores Globais

A agenda econômica desta terça-feira inclui dados de destaque tanto no mercado internacional quanto no mercado brasileiro. No cenário externo, a China divulgou reservas cambiais de US$3,202 trilhões, reafirmando sua estabilidade financeira. Na Zona do Euro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou para uma inflação anual de 2,4%, enquanto o núcleo do índice alcançou 2,7%, acima da meta de 2% do Banco Central Europeu.

Além disso, a taxa de desemprego na região permaneceu estável em 6,3%, reforçando os desafios econômicos. Já nos Estados Unidos, os destaques ficam por conta da balança comercial, que deve apontar déficit de US$78,3 bilhões, e do relatório JOLTS, que estima 7,73 milhões de vagas no mercado de trabalho, sinalizando a resiliência econômica norte-americana.

Real e Dólar: Impactos e Expectativas

No Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FIPE apresentou uma desaceleração significativa, registrando alta de 0,34% em dezembro, contra 1,17% no mês anterior.

O Índice Geral de Preços (IGP-DI), divulgado pela FGV, também desacelerou, subindo 0,87% no mesmo período, acumulando alta de 6,86% em 2024. Esses dados refletem uma redução na pressão inflacionária doméstica, o que contribui para a valorização do real frente ao dólar. No entanto, os dados norte-americanos, principalmente o PMI ISM Não-Manufatura, que é projetado em 53,5 pontos, podem gerar volatilidade no câmbio caso indiquem um aquecimento econômico mais robusto.

Real e Euro: Influências e Projeções

Na relação entre o real e o euro, os dados econômicos europeus, como a inflação anual acima da meta e a estabilidade na taxa de desemprego, reforçam a percepção de desaceleração no bloco.

Essa perspectiva contribuiu para a estabilidade do câmbio nesta terça-feira, após a valorização do real no dia anterior. Apesar disso, a política monetária do Banco Central Europeu, voltada para conter a inflação, e os desdobramentos econômicos na China continuam sendo fatores de influência indireta para o par euro/real. A expectativa é que a cotação se mantenha relativamente estável, salvo surpresas nos indicadores macroeconômicos globais.

Perspectivas Gerais

Os mercados seguem atentos aos dados econômicos divulgados nesta terça-feira, com foco nos Estados Unidos, onde a balança comercial e o relatório JOLTS devem fornecer pistas sobre o ritmo da economia norte-americana. No Brasil, a desaceleração inflacionária oferece suporte à valorização do real, mas os dados externos, especialmente relacionados ao mercado de trabalho dos EUA, podem trazer volatilidade.

No caso do euro, o cenário de inflação elevada na Zona do Euro adiciona incertezas quanto à trajetória do câmbio. Dessa forma, tanto o dólar quanto o euro devem reagir às oscilações nos indicadores econômicos globais, enquanto o real busca manter sua força relativa.

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