Renda na agropecuária cresce e impulsiona emprego, revela ibge
A renda dos trabalhadores do setor agropecuário apresentou um crescimento notável de 6,5% no trimestre encerrado em setembro, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo IBGE. Esse resultado, aliado à expansão do emprego no campo, desempenhou um papel crucial na sustentação do bom desempenho do mercado de trabalho brasileiro ao longo de 2025.
O rendimento médio dos trabalhadores do setor atingiu R$ 2.198, impulsionado tanto pela melhora na produtividade quanto pela valorização de determinados produtos agrícolas. Adicionalmente, o número de pessoas ocupadas na agropecuária registrou um aumento de 3,4% no trimestre, o que corresponde a aproximadamente 260 mil novos trabalhadores.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “A agropecuária foi um dos motores da ocupação neste trimestre, contribuindo para compensar perdas observadas no comércio e nos serviços domésticos”.
Em termos gerais, a massa de rendimento real dos trabalhadores brasileiros alcançou a marca de R$ 354,6 bilhões, representando um novo recorde na série histórica. Esse desempenho reflete tanto o aumento do rendimento médio quanto o elevado nível de ocupação. Ao comparar com o mesmo período de 2024, observou-se um aumento significativo de 5,5%.
Além da agropecuária, outros setores também registraram aumento na renda, incluindo a construção civil, com um aumento de 5,5%, a administração pública, saúde e educação, com um aumento de 4,3%, e os serviços domésticos, com um aumento de 6,2%.
Apesar da estabilidade no número total de trabalhadores, o crescimento do rendimento real demonstra, de acordo com o IBGE, “a continuidade da melhora das condições do mercado de trabalho ao longo de 2025”.



