Repensando a gripe aviária: segurança, vacinação e o comércio global de alimentos.

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A crescente insegurança alimentar é frequentemente agravada por políticas inadequadas. Em uma análise aprofundada sobre o tema, exploramos como o Brasil, um dos principais produtores de proteína animal do mundo, está lidando com desafios como a gripe aviária, a biossegurança, a vacinação e a busca por um comércio justo, sem comprometer o acesso da população aos alimentos.

A dimensão da produção brasileira de aves, suínos e ovos é um fator crucial nesse debate. Restrições comerciais amplas, mesmo quando baseadas em informações imprecisas, têm um impacto significativo nos custos, afetando principalmente os consumidores mais vulneráveis. Estudos científicos comprovam que a carne adequadamente manuseada e cozida não representa risco de transmissão da gripe aviária, no entanto, muitos mercados ainda impõem barreiras, elevando os preços.

O conceito de Saúde Única, que integra a proteção dos animais, das pessoas e do meio ambiente, é central nessa discussão. A biossegurança é a primeira linha de defesa contra a disseminação de doenças. Em casos de doenças endêmicas, a vacinação se torna uma ferramenta indispensável. No entanto, é fundamental que os mercados reconheçam o valor da vacinação e implementem estratégias como regionalização, zoneamento e compartimentalização em áreas vacinadas, replicando as medidas adotadas em zonas de surto.

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Essa abordagem protege os rebanhos, assegura a disponibilidade de proteínas a preços acessíveis e garante o acesso ao material genético essencial para os setores avícolas de países de baixa renda. Organizações como a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) e a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), juntamente com as autoridades nacionais, desempenham um papel fundamental na tradução de padrões científicos em práticas de comércio justas e consistentes.

Para aqueles preocupados com a segurança alimentar global, esta análise oferece um guia prático: alinhar as políticas com as evidências científicas, valorizar a prevenção e criar regras que garantam a circulação segura de alimentos. Um princípio fundamental deve nortear as ações de formuladores de políticas e da indústria: não deve haver fronteiras para os alimentos seguros.

Fonte: www.avisite.com.br

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