Revolut se aproxima do nubank após rodada de investimento com nvidia
A fintech britânica Revolut acaba de concluir uma nova rodada de investimento, impulsionando seu valor de mercado para impressionantes US$ 75 bilhões. Este movimento estratégico aproxima a empresa do Nubank, avaliado em cerca de US$ 77 bilhões, marcando um momento significativo no cenário financeiro digital de 2025. A Revolut, ainda sem listagem em bolsa, alcança um patamar comparável ao de grandes instituições financeiras latino-americanas.
A rodada de investimento envolveu a venda de ações primárias e secundárias, liderada por Coatue, Greenoaks, Dragoneer e Fidelity. A entrada da NVentures, o braço de venture capital da Nvidia, surpreendeu o mercado, garantindo à Revolut acesso privilegiado a tecnologias avançadas de inteligência artificial.
Segundo executivos da Revolut, a parceria com a Nvidia impulsionará o desenvolvimento de soluções baseadas em IA, fortalecendo a visão da empresa de se estabelecer como o “primeiro banco verdadeiramente global”.
Esta nova avaliação bilionária confirma a Revolut como uma das fintechs mais valiosas do mundo. A empresa, que antes era focada em câmbio e pagamentos internacionais, expandiu-se rapidamente, surpreendendo investidores e analistas. Atualmente, a Revolut direciona seus esforços para diversas regiões, buscando licenças bancárias, oferecendo serviços corporativos e produtos de investimento.
A confiança do mercado no crescimento da Revolut é reforçada pela entrada de grandes fundos como Andreessen Horowitz (a16z), Franklin Templeton e clientes da T. Rowe Price. Além disso, os funcionários tiveram a oportunidade de vender suas ações na rodada, demonstrando o compromisso da empresa com seus colaboradores.
Os resultados financeiros da Revolut justificam o interesse dos investidores. Em 2024, a fintech alcançou uma receita de US$ 4 bilhões, um aumento de 72% em relação a 2023. O lucro antes dos impostos registrou um avanço ainda mais expressivo, de 149%, atingindo US$ 1,4 bilhão. Essa lucratividade, incomum entre as fintechs globais, demonstra o equilíbrio entre expansão, diversificação de produtos e controle de custos.
A base de usuários da Revolut ultrapassou a marca de 65 milhões globalmente, impulsionada pela variedade de produtos oferecidos, desde contas multimoedas e cartões de débito até plataformas corporativas e serviços de investimento.
Na América Latina, a Revolut tem aproveitado o crescimento do mercado de fintechs. Em 2025, a empresa obteve autorização bancária no México e licença para operar como banco na Colômbia, dois mercados promissores. Essas licenças permitirão a oferta completa de serviços financeiros, incluindo concessão de crédito e emissão de cartões.
Além da América Latina, a Revolut prepara seu lançamento na Índia, um mercado financeiro extenso e tecnologicamente competitivo. A compra da operação da Cetelem na Argentina, anteriormente pertencente ao BNP Paribas, fortalece a presença da Revolut no Cone Sul.
Atualmente presente em 40 mercados, a Revolut ambiciona atingir 70 países até 2030 e alcançar 100 milhões de clientes até 2027. A divisão Revolut Business alcançou US$ 1 bilhão em receita anualizada, demonstrando força no mercado corporativo.
No Brasil, a Revolut opera há dois anos com a licença de Sociedade de Crédito Direto (SCD), oferecendo serviços como conta global multimoedas e cartão de débito internacional. A empresa planeja solicitar a licença bancária completa no país, o que abrirá portas para uma operação mais ampla. O lançamento de uma plataforma de investimentos também está previsto.
A parceria com a Nvidia pode transformar a Revolut, impulsionando a personalização inteligente, reforçando a segurança e aprofundando a automação.
Com a nova rodada de investimentos, a Revolut deve consolidar sua presença na América Latina e Ásia, ampliar sua plataforma de investimentos, aumentar a oferta de crédito global e reforçar suas operações com inteligência artificial, avançando em seu plano de se tornar um banco global unificado.


