Rumo a R$ 50 bilhões, 3tentos acelera expansão com foco no pará
A 3tentos, empresa do setor agrícola, mira alto nos próximos anos. A companhia gaúcha ambiciona alcançar R$ 50 bilhões de receita líquida até 2032, o que representa mais que dobrar seu faturamento nos próximos sete anos. A meta foi detalhada durante um encontro anual com investidores.
O mercado reagiu positivamente ao anúncio, com as ações da 3tentos registrando alta de mais de 6% na bolsa de valores. Atualmente, a empresa está avaliada em R$ 8 bilhões e, desde sua abertura de capital em julho de 2021, suas ações já valorizaram quase 40%.
A estratégia para atingir esse crescimento envolve a expansão para novos estados brasileiros. Após consolidar sua presença no Mato Grosso, a 3tentos planeja iniciar a distribuição de insumos em Tocantins, Goiás, Minas Gerais e, principalmente, no Pará.
“O Brasil tem 12 estados relevantes na produção agrícola. Nós estávamos em dois e agora agregamos mais quatro. De alguma forma, chegamos na metade do mercado, o que amplia nosso tabuleiro para continuar crescendo”, declarou um dos executivos da 3tentos.
A visão de ecossistema da empresa, que integra originação de grãos, indústria e distribuição de insumos, é fundamental para essa expansão, embora a 3tentos não pretenda implementar todas as três frentes de atuação simultaneamente em cada nova região.
No Pará, a 3tentos planeja um projeto completo, com distribuição de insumos, originação de grãos e uma unidade industrial de processamento. O destaque é a construção de uma usina de etanol de milho, com investimento de R$ 1,1 bilhão e previsão de inauguração em 2028.
Para acelerar o projeto de etanol de milho, a 3tentos anunciou a aquisição da Grão Pará Bioenergia, que já possuía licenças e um terreno em Redenção. A usina terá capacidade de processar 2,1 milhões de toneladas de milho por dia, demandando aproximadamente 100 mil hectares de plantio. A empresa demonstra otimismo com o potencial do Pará, destacando a aptidão para a agricultura e um dos maiores rebanhos bovinos do país, o que favorece a venda local de DDG (grãos secos de destilaria).



