Sebrae busca alinhamento estratégico para bioeconomia brasileira na cop30

Compartilhe

Em Belém, durante a COP30, o Sebrae intensificou as articulações para impulsionar a bioeconomia no Brasil. Bruno Quick, diretor técnico nacional da instituição, promoveu encontros estratégicos com representantes do governo, legisladores, investidores e a indústria, visando integrar a bioeconomia no cerne do desenvolvimento nacional. A visão do Sebrae é que a união de políticas públicas, investimento privado e capacidade industrial, com foco na sustentabilidade, é crucial para o avanço em direção a uma economia verde e de baixo carbono.

As atividades iniciaram-se no espaço da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na Blue Zone da COP30, onde Quick reafirmou parcerias, incluindo a plataforma de financiamento Facility Investing do Instituto Amazônia+21, projetada para atrair investimentos privados a projetos sustentáveis na Amazônia, e o programa Juntos pela Indústria. Segundo o diretor, para o país superar a dependência de commodities e agregar valor, a industrialização é fundamental.

De acordo com Bruno Quick, o desenvolvimento da bioeconomia depende de um ambiente regulatório simplificado, que fortaleça cooperativas, organize as cadeias de produção e impulsione a industrialização sustentável na região. Ele ressaltou que a Amazônia já gera riqueza, mas de forma isolada e que, com políticas adequadas, é possível promover um grande avanço no desenvolvimento. O potencial de produtos como açaí e cacau foi destacado como um exemplo de mercado consolidado que pode ser replicado com outras espécies para produção de medicamentos, cosméticos e alimentos de alto valor.

Durante as reuniões, Quick se encontrou com o deputado federal Rodrigo Rollemberg, que tem defendido a necessidade urgente de modernizar as políticas públicas para desbloquear a inovação e a pesquisa. Denis Minev, presidente da varejista Bemol e investidor em startups de base florestal, também participou dos encontros, defendendo a criação de instrumentos financeiros que tornem os negócios sustentáveis protagonistas na economia amazônica, através de uma normatização simples, previsível e favorável à inovação.

Publicidade

Daniel Godinho, diretor de sustentabilidade da WEG, participou das discussões sobre estratégias para a transição energética na Amazônia, considerada tanto um desafio quanto uma oportunidade. A utilização de usinas solares descentralizadas e baterias de lítio foram citadas como soluções para garantir autonomia energética a empreendimentos da bioeconomia em áreas remotas.

À noite, Quick marcou presença no lançamento do programa Prospera Sociobio, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que visa apoiar as cadeias produtivas da sociobioeconomia. Na ocasião, o diretor enfatizou a sinergia entre o trabalho do Sebrae e a agenda do Ministério.

Adicionalmente, Bruno Quick lançou uma edição especial do programa Inova Amazônia, com o objetivo de apoiar 80 empresas da região amazônica no processo de internacionalização.

Publicidade

O Sebrae participa da COP30 com um estande na Green Zone, onde oferece uma experiência imersiva inspirada na Amazônia e na diversidade brasileira. O espaço funciona como vitrine de inovação e cultura, além de ser um local de diálogo e networking entre líderes, investidores e empreendedores. A programação inclui apresentações culturais, degustações de ingredientes regionais, exibição de webséries e documentários.

Fonte: agenciasebrae.com.br

Compartilhe