Sebrae certifica negócios de belém com selo protetivo para a cop30

O Sebrae Nacional, em colaboração com o Instituto Mondó, lançou o Selo Negócio Protetivo COP30, uma certificação destinada a empresas de Belém, no Pará. O objetivo é incentivar a união de oportunidades de negócios e responsabilidade social durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), agendada para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro.
A iniciativa integra o movimento Negócio Protetivo COP30, criado para estabelecer uma rede de empreendedores comprometidos com a proteção de mulheres e crianças em situações de grande concentração de pessoas, como eventos de grande porte. O selo será concedido a negócios que implementarem práticas de prevenção, acolhimento e encaminhamento em casos de violência sexual e outras violações de direitos.
Segundo Mayara Pimentel, líder das ações COP30 na unidade de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae Nacional, a iniciativa visa contribuir para uma transformação social necessária, onde os pequenos negócios atuem como instrumentos de mudança na sociedade.
Carolina Maciel, diretora executiva do Instituto Mondó, parceiro executor do Sebrae Nacional, explica que o papel da organização é mobilizar, identificar e qualificar os empreendedores que serão certificados. O Instituto Mondó capacitará os empreendedores paraenses a identificar, acolher e encaminhar situações de risco envolvendo mulheres, crianças e adolescentes.
Com a expectativa de que a COP30 atraia entre 50 mil e 70 mil pessoas a Belém, Carolina Maciel ressalta a importância de fortalecer a rede de proteção, visto que um evento desse porte aumenta tanto as oportunidades de negócios e turismo, quanto os riscos de violações de direitos.
Pequenos e médios empreendimentos que desempenharão um papel central durante a COP30 podem participar, incluindo bares, restaurantes, hotéis, pousadas, lanchonetes, aplicativos de transporte, comércio ambulante, guias turísticos e empresas de catering, limpeza e logística, além de iniciativas de turismo comunitário e gastronomia amazônica.
Os negócios interessados devem preencher um formulário de inscrição, seguido de análise de perfil, assinatura do Termo de Compromisso Protetivo e participação em uma capacitação prática, composta por três módulos sobre direitos humanos, combate à violência sexual e protocolos de acolhimento.
Após a formação, cada empreendimento deverá implementar um checklist de boas práticas e indicar pontos focais internos para disseminar o aprendizado entre suas equipes. Os estabelecimentos certificados receberão uma sinalização oficial, que inclui display, adesivo/placa e badge digital com QR code, permitindo que o público verifique online a adesão da empresa ao movimento.
O Selo Negócio Protetivo COP30 representa um diferencial competitivo para os empreendimentos participantes, fortalecendo sua reputação, ampliando a confiança dos clientes e potencialmente abrindo portas para oportunidades em compras públicas e privadas, além de alinhar os negócios às práticas de turismo responsável e ESG (Environmental, Social and Governance).
Mayara Pimentel considera a iniciativa um legado da COP30 para o desenvolvimento do ecossistema de negócios locais. Ela destaca que o selo é uma inovação que integra o modelo de gestão ESG, posicionando o Sebrae na vanguarda para garantir a inclusão da pequena economia nesse processo.
Fonte: agenciasebrae.com.br