Signo errado? entenda a diferença entre astrologia védica e ocidental

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A astrologia védica, também conhecida como Jyotisha ou “ciência da luz”, emerge como um sistema distinto da astrologia ocidental, ancorada na filosofia hindu. A principal divergência reside na forma como os signos zodiacais são calculados. Enquanto a astrologia ocidental se alinha ao zodíaco tropical, referenciado pela posição do Sol, a védica utiliza o zodíaco sideral, baseado na posição real das constelações.

Essa diferença fundamental pode levar a discrepâncias significativas na identificação do signo solar de um indivíduo, dependendo do sistema utilizado. O zodíaco sideral busca acompanhar as posições astronômicas reais das constelações, oferecendo uma perspectiva diferente na interpretação de mapas astrais.

A astrologia védica valoriza a Lua e os nakshatras (casas lunares) para identificar padrões emocionais e influenciar o destino. A análise das 27 nakshatras proporciona leituras mais detalhadas e nuances na interpretação do mapa astral.

A distinção entre os zodíacos tropical e sideral está intrinsecamente ligada à precessão dos equinócios, um fenômeno astronômico que causa uma lenta mudança na orientação do eixo da Terra, alterando gradualmente a posição das estrelas em relação às estações do ano. O zodíaco tropical, utilizado na astrologia ocidental, já não reflete a posição real das constelações.

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Além de analisar traços de personalidade, a astrologia védica aprofunda-se no caminho espiritual do indivíduo, explorando desafios e lições a serem cumpridas para alcançar seu propósito de vida. O conceito de dharma, central na filosofia hindu, refere-se ao dever e missão de vida. A análise astrológica védica visa iluminar tarefas espirituais e orientar decisões que promovam a evolução pessoal e o equilíbrio interior.

O zodíaco sideral empregado pela astrologia védica utiliza as posições reais das constelações, um fator que muitos praticantes consideram promover leituras mais precisas. Veja exemplos de constelações que compõem os 12 signos siderais:

Áries (Mesh), Touro (Vrishabha), Gêmeos (Mithuna), Câncer (Karka), Leão (Simha), Virgem (Kanya), Libra (Tula), Escorpião (Vrishchika), Sagitário (Dhanu), Capricórnio (Makara), Aquário (Kumbha) e Peixes (Meena).

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A astrologia sideral compartilha com a astrologia indiana o uso do zodíaco sideral. No entanto, o Jyotisha aprofunda a análise com camadas espirituais, preditivas e filosóficas tradicionais da Índia. O sistema indiano se destaca pelo uso de 12 signos, 27 nakshatras e técnicas preditivas como os períodos planetários Dashas, além do foco nos nove Grahas (corpos planetários), incluindo os nodos lunares Rahu e Ketu.

Se uma pessoa tem o Sol em Áries no zodíaco tropical, ela pode tê-lo em Peixes no cálculo sideral védico, devido a uma diferença de aproximadamente 24 graus entre os sistemas. No contexto védico, a análise do Sol em um signo é enriquecida com a interpretação da nakshatra relacionada, oferecendo um significado mais detalhado e espiritual à posição.

A astrologia sideral serve como base astronômica para o Jyotisha. A tradição indiana destaca-se pela profundidade espiritual, incluindo o estudo do carma, missão de vida e técnicas preditivas exclusivas. Para aqueles que buscam precisão astronômica e conexão com ensinamentos milenares sobre a alma e o destino, a astrologia indiana oferece um sistema completo que integra matemática, espiritualidade e filosofia.

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