Soja alcança pico de quatro meses impulsionada por expectativas de acordo EUA-China

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A soja registrou uma alta significativa na bolsa de Chicago, atingindo o valor mais alto dos últimos quatro meses. O impulso veio da crescente expectativa de que os Estados Unidos retomem as exportações da oleaginosa para a China, em meio a sinais positivos sobre um possível acordo comercial entre as duas potências.

O contrato de referência da soja fechou com um aumento de 25,50 centavos, cotado a US$10,6725 por bushel, após alcançar o pico desde 20 de junho. Essa valorização reflete a esperança dos operadores do mercado em relação a um acordo comercial que possa reativar o fluxo de exportações de soja dos EUA para a China, interrompidas pela tensa relação comercial entre os países.

O presidente dos Estados Unidos indicou que os dois países estão próximos de um acordo comercial, com a possibilidade de um encontro com o presidente chinês Xi Jinping na Coreia do Sul.

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“A soja está subindo devido às notícias otimistas sobre as negociações comerciais com a China, também impulsionando o milho e o trigo”, comentou Matt Ammermann, gerente de risco de commodities da StoneX. “No entanto, o mercado necessita de fatos concretos e detalhes sobre qualquer acordo entre os EUA e a China, já que atualmente o medo e o exagero são os principais fatores de negociação.” Ammermann ressaltou que a questão central é se a China retomará as compras de soja dos EUA.

As expectativas foram reforçadas por declarações sobre um acordo comercial entre autoridades americanas e chinesas, com a previsão de que a China retome compras substanciais de soja dos EUA.

Apesar do otimismo, há informações de que a China continua reservando cargas de soja brasileira para embarque entre dezembro e março. Estima-se que a China ainda necessite de 5 a 8 milhões de toneladas de soja para suprir a demanda da nova safra do Brasil, o que pode abrir espaço para o fornecimento pelos Estados Unidos.

Além da soja, o milho também foi beneficiado pelas perspectivas de um acordo comercial. O contrato de dezembro encerrou com ganho de 5,50 centavos, cotado a US$4,2875 por bushel, após atingir a máxima desde 3 de julho. O trigo também registrou avanço, com alta de 13,50 centavos, fechando a US$5,26 por bushel.

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