Tesouro Direto: O que é, e como funciona

O Tesouro Direto tem ganhado cada vez mais popularidade entre os brasileiros como uma alternativa mais rentável e acessível em comparação à tradicional caderneta de poupança. Criado em 2002 pelo Tesouro Nacional, o programa permite que qualquer pessoa física invista diretamente em títulos públicos federais pela internet, facilitando o acesso ao mercado de renda fixa.

Essa modalidade atrai tanto investidores iniciantes quanto aqueles que desejam diversificar seus investimentos com opções seguras e rentáveis.

Diferente do que muitos pensam, o Tesouro Direto não é restrito a perfis conservadores. Na verdade, ele pode ser uma peça essencial em uma estratégia de diversificação e proteção patrimonial. Com um baixo valor mínimo de aplicação (a partir de R$ 30), ele se torna um investimento democrático e acessível.

Além disso, a ampla variedade de títulos disponíveis permite ao investidor escolher opções alinhadas a diferentes objetivos financeiros, como proteção contra a inflação, rendimentos previsíveis e liquidez diária.

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa que possibilita a compra de títulos públicos federais por meio de bancos e corretoras autorizadas. Na prática, ao investir nesses títulos, o investidor está emprestando dinheiro ao governo e, em troca, recebe uma rentabilidade previamente estabelecida ou vinculada a indicadores econômicos.

Os títulos disponíveis no Tesouro Direto possuem diferentes indexadores, prazos de vencimento e formas de remuneração. Dessa forma, cada investidor pode escolher a melhor opção com base em seus objetivos financeiros. Para facilitar a compreensão, os títulos podem ser divididos em três categorias principais:

  1. Prefixados: têm rentabilidade definida no momento da compra.
  2. Pós-fixados: atrelados a um indexador variável, como a taxa Selic.
  3. Híbridos: combinam um retorno prefixado com uma parte indexada à inflação.

Como funciona o tesouro direto

Ao investir no Tesouro Direto, você está comprando títulos públicos federais, que representam um empréstimo ao governo em troca de uma remuneração futura. Esses títulos possuem diferentes prazos e formas de rentabilidade, podendo ser prefixados, atrelados à inflação ou indexados à taxa Selic.

O preço de um título varia de acordo com as condições do mercado, influenciado por fatores como expectativa de juros e inflação. A rentabilidade do investimento dependerá do tipo de título escolhido e do momento do resgate, pois os preços podem oscilar ao longo do tempo. Para comprar ou vender títulos, basta ter conta em uma corretora autorizada e realizar as operações pelo site do Tesouro Direto.

A liquidez no Tesouro Direto é diária, permitindo que o investidor venda seus títulos a qualquer momento. No entanto, títulos prefixados e atrelados à inflação podem gerar prejuízo caso sejam resgatados antes do vencimento, devido à marcação a mercado, que ajusta o preço dos títulos conforme a expectativa dos juros futuros. Já o Tesouro Selic não sofre essa marcação, sendo a opção mais segura para quem deseja liquidez sem risco de perdas.

Outro fator relevante são os custos do investimento, que incluem a taxa de custódia da B3 (0,20% ao ano para valores acima de R$ 10 mil no Tesouro Selic) e, em alguns casos, a taxa de administração cobrada por corretoras.

O que é prefixado e pós-fixado?

O Tesouro Direto disponibiliza títulos com dois tipos principais de rentabilidade: prefixada e pós-fixada. Cada um deles possui características específicas, que devem ser analisadas conforme o perfil e os objetivos do investidor.

1. Tesouro prefixado

Os títulos prefixados garantem uma rentabilidade fixa, definida no momento da aplicação. Por exemplo, se um título oferece um retorno de 11% ao ano, esse percentual será mantido até o vencimento, independentemente das variações na economia. Isso proporciona previsibilidade e é ideal para quem deseja saber exatamente quanto irá receber no futuro.

2. Tesouro pós-fixado

Os títulos pós-fixados têm sua rentabilidade atrelada a um índice econômico, como a Selic ou o IPCA (inflação). Dessa forma, o retorno pode variar ao longo do tempo. Os principais exemplos são:

  • Tesouro Selic: acompanha a taxa Selic, sendo indicado para quem deseja menor risco e liquidez diária.
  • Tesouro IPCA+: oferece proteção contra a inflação, pois sua rentabilidade é composta pelo IPCA mais uma taxa fixa, garantindo ganho real.

A escolha entre os tipos de títulos depende do cenário econômico e dos objetivos do investidor. Se há expectativa de queda da Selic, o Tesouro Prefixado pode ser mais vantajoso. Já em períodos de incerteza, o Tesouro IPCA+ pode ser uma opção mais segura para preservar o poder de compra ao longo do tempo.

Tributação e custos envolvidos

O investimento no Tesouro Direto está sujeito à tributação, principalmente pelo Imposto de Renda (IR), que incide sobre o lucro obtido e segue uma tabela regressiva:

Tempo de aplicação
Alíquota de IR sobre o lucro
Até 180 dias
22,5%
De 181 a 360 dias
20%
De 361 a 720 dias
17,5%
Acima de 720 dias
15%

Além do IR, há também o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incide apenas nos primeiros 30 dias de aplicação. A alíquota começa em 96% no primeiro dia e reduz progressivamente até chegar a 0% no 30º dia.

A taxa de custódia, cobrada pela B3, é de 0,20% ao ano, mas é isenta para investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic. Já a taxa de administração, cobrada por algumas corretoras, tem sido eliminada por diversas instituições financeiras para atrair mais investidores.

Horários de funcionamento e liquidez

Os investidores podem realizar compras e resgates no Tesouro Direto nos seguintes horários:

Dias úteis:

  • 09h30 às 18h → Mercado aberto, preços e taxas vigentes no momento da operação.
  • 18h às 05h → Mercado aberto, mas com preços indicativos; valem os preços de abertura do próximo dia útil.
  • 05h às 09h30 → Mercado fechado; apenas consulta.

Fins de semana e feriados:

  • 00h às 23h59 → Mercado aberto, mas com preços indicativos; valem os preços de abertura do próximo dia útil.

O Tesouro Direto pode suspender negociações temporariamente em caso de alta volatilidade, evitando que transações sejam realizadas com preços muito desatualizados. O prazo para resgate do valor investido é D+1, ou seja, o dinheiro cai na conta do investidor no dia útil seguinte à solicitação.

Tipos de títulos públicos

Os títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto atendem a diferentes perfis de investidores e objetivos financeiros.

Cada título possui características próprias, como prazo de vencimento, forma de remuneração e grau de risco, permitindo escolhas personalizadas. Eles são classificados em três categorias principais: prefixados, pós-fixados e híbridos, cada um com vantagens específicas.

A seguir, vamos entender como funciona cada tipo de título e para quais estratégias eles são mais indicados.

Tesouro Selic (LFT)

O Tesouro Selic é um título pós-fixado, ou seja, sua rentabilidade acompanha a variação da taxa Selic, definida pelo Banco Central. Sua principal característica é a baixa volatilidade, o que significa que seu valor oscila pouco ao longo do tempo.

Outra vantagem é a liquidez diária, permitindo ao investidor resgatar o dinheiro a qualquer momento sem risco de prejuízo. Por essa razão, é o título mais indicado para a reserva de emergência, já que garante um rendimento sempre positivo, mesmo que pequeno.

Tesouro Prefixado (LTN e NTN-F)

Os títulos prefixados possuem uma rentabilidade fixa, determinada no momento da compra. Isso significa que o investidor já sabe exatamente quanto irá receber no vencimento do título. Existem duas modalidades:

  • Tesouro Prefixado (LTN): paga o rendimento apenas no vencimento.
  • Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F): realiza pagamentos semestrais de juros, permitindo que o investidor tenha um fluxo de caixa recorrente.

A principal vantagem desses títulos é a previsibilidade de ganhos, mas há um risco: caso o investidor precise vender antes do vencimento, o valor pode ser maior ou menor que o esperado devido à marcação a mercado.

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal e NTN-B)

O Tesouro IPCA+ é um título híbrido, pois combina uma parte prefixada com outra atrelada à inflação (IPCA). Isso significa que ele protege o poder de compra, garantindo sempre um rendimento acima da inflação.

  • Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal): paga todo o rendimento no vencimento.
  • Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B): realiza pagamentos semestrais de juros, mas com retenção antecipada do imposto de renda.

É uma excelente opção para investimentos de longo prazo, como aposentadoria e planejamento financeiro para o futuro.

Tesouro RendA+

O Tesouro RendA+ foi criado para quem deseja complementar a renda na aposentadoria. Ele funciona de maneira semelhante à previdência privada, com duas fases:

  1. Acumulação: o investidor aplica recursos ao longo do tempo.
  2. Conversão: após o vencimento, o investidor recebe pagamentos mensais por 20 anos.

Diferente dos demais títulos, o RendA+ foca na renda recorrente, garantindo uma aposentadoria mais estável.

Tesouro Educa+

O Tesouro Educa+ segue o mesmo modelo do RendA+, mas com foco no custeio da educação. Ele permite o acúmulo de recursos que serão pagos em 60 parcelas mensais após o vencimento do título.

Uma funcionalidade inovadora é o Tesouro Direto Coletivo, que possibilita que outras pessoas contribuam para o investimento, funcionando como uma espécie de vaquinha. Essa opção é voltada para crianças e adolescentes, auxiliando no planejamento financeiro para a educação.

Como escolher o melhor título no tesouro direto

Antes de escolher o melhor título no Tesouro Direto, é fundamental definir o propósito do investimento. O destino do dinheiro orientará a decisão sobre qual papel adquirir, levando em conta fatores como liquidez, rentabilidade e risco. Se o objetivo for a formação de uma reserva de emergência, ou seja, um valor disponível para saques sem perda do capital investido, a melhor escolha é o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros e possui alta liquidez.

Por outro lado, se o foco for um planejamento financeiro de longo prazo, como a compra de um imóvel, um intercâmbio ou a aposentadoria, títulos prefixados e atrelados à inflação podem ser mais vantajosos. Nesses casos, é essencial considerar o prazo de vencimento do título, pois investimentos de longo prazo tendem a oferecer rentabilidades maiores, mas exigem que o investidor mantenha o título até a data final para evitar perdas no mercado secundário.

Como começar a investir no Tesouro Direto

Investir no Tesouro Direto é uma excelente oportunidade para quem busca aumentar o patrimônio de forma segura e acessível. Essa modalidade de investimento permite que pessoas físicas comprem títulos públicos emitidos pelo governo brasileiro, oferecendo uma alternativa viável aos investimentos tradicionais.

Veja abaixo o passo a passo detalhado sobre como começar a investir no Tesouro Direto, desde a escolha da instituição financeira até a realização da compra dos títulos.

1. Escolha uma Instituição Financeira

O primeiro passo para investir no Tesouro Direto é escolher uma instituição financeira parceira. Você pode optar por bancos ou corretoras de valores que oferecem a plataforma para esse tipo de investimento. Algumas opções populares incluem:

  • Banco do Brasil
  • Itaú
  • Bradesco
  • XP Investimentos

2. Abra uma conta na corretora

Depois de escolher a instituição, entre em contato para abrir uma conta. Verifique se a corretora oferece taxa zero de custódia, o que pode ajudar a minimizar os custos envolvidos no investimento.

3. Faça o cadastro no Tesouro Direto

Com a conta aberta, o próximo passo é se cadastrar no Tesouro Direto. Isso pode ser feito diretamente no site da instituição ou pelo Cadastro Rápido no portal do Tesouro.

Após o cadastro, você receberá um e-mail com uma senha provisória. Troque essa senha por uma nova para garantir a segurança de seus dados.

4. Escolha o título

Acesse a plataforma do Tesouro Direto e escolha o tipo de título que melhor se adapta aos seus objetivos financeiros. Os principais tipos de títulos disponíveis são:

  • Tesouro Prefixado
  • Tesouro Selic
  • Tesouro IPCA+

Cada um deles possui características específicas em relação a rentabilidade e prazo, portanto, é essencial entender qual se encaixa melhor em sua estratégia de investimento.

5. Transfira o dinheiro e invista

Após escolher o título, transfira o valor que deseja investir da sua conta bancária para a conta na corretora. Caso tenha feito o cadastro via Cad&Pag, você pode utilizar o PIX para investir diretamente no Tesouro Direto.

Após a transferência, confirme a compra do título escolhido e monitore seus investimentos pelo portal do investidor ou aplicativo do Tesouro Direto.

6. Dicas adicionais

Para maximizar seus resultados, considere as seguintes dicas:

  • Defina Metas e Objetivos: Antes de iniciar, estabeleça suas metas financeiras e prazos para escolher o título mais adequado.
  • Simule Investimentos: Utilize o simulador do Tesouro Direto para testar diferentes cenários e determinar o melhor título para suas necessidades.

Lembre-se de que a cada ano é necessário incluir os investimentos na declaração de Imposto de Renda, na ficha “Rendimento Sujeito à Tributação Exclusiva”. O imposto só é cobrado no resgate antecipado ou no vencimento do título.

Quais são as instituições financeiras parceiras do Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é uma plataforma que possibilita a compra de títulos públicos federais, permitindo que qualquer investidor, independentemente do montante, participe do mercado de dívida pública.

Para acessar esses títulos, os investidores precisam recorrer às instituições financeiras parceiras, que facilitam a aquisição, gestão e venda desses ativos.

As instituições financeiras parceiras do Tesouro Direto são diversas e incluem tanto bancos tradicionais quanto corretoras de valores. Abaixo, apresentamos uma lista com as principais instituições:

Bancos:

Banco do Brasil: Um dos maiores e mais tradicionais bancos do país, oferece uma vasta gama de produtos financeiros, incluindo títulos do Tesouro Direto, com suporte e assessoria aos investidores.

Itaú: Este banco é conhecido por sua solidez e oferece uma ampla variedade de produtos e serviços financeiros, com uma plataforma digital intuitiva que facilita o acesso ao Tesouro Direto.

Bradesco: Com uma grande rede de agências e uma plataforma digital robusta, o Bradesco disponibiliza diversas opções de investimento em títulos públicos, além de atendimento especializado.

Banco ABC Brasil: Especializado em atender empresas e pessoas físicas, oferece soluções financeiras variadas, incluindo acesso ao Tesouro Direto, com suporte personalizado para os investidores.

Banco BTG Pactual: Famoso por sua atuação no mercado de investimentos, o BTG Pactual oferece uma plataforma moderna e produtos financeiros diversificados, incluindo títulos do Tesouro Direto.

Banco SICOOB: Uma cooperativa de crédito que busca promover a inclusão financeira, oferece acesso ao Tesouro Direto e um atendimento mais próximo ao cliente.

Caixa Econômica Federal: Tradicionalmente voltada para o financiamento habitacional, a Caixa também é uma importante instituição no Tesouro Direto, oferecendo isenção de taxas de custódia e acesso facilitado aos investidores.

Banrisul: O banco estatal do Rio Grande do Sul oferece serviços financeiros diversos, incluindo o Tesouro Direto, com uma abordagem focada em atender as necessidades regionais.

Banco Daycoval: Este banco é conhecido por sua atuação em crédito e financiamento, também disponibilizando acesso ao Tesouro Direto para seus clientes, com serviços personalizados.

Corretoras de valores:

XP Investimentos: Uma das maiores corretoras do Brasil, conhecida pela ampla gama de produtos e assessoria personalizada.

BTG Pactual Digital: Destaca-se por sua plataforma moderna e pela diversidade de produtos financeiros.

Itaú Corretora: Oferece uma extensa gama de produtos financeiros com a segurança do banco Itaú.

Toro Investimentos: Famosa pela isenção de taxas em várias operações, ideal para diversificação de ativos.

Órama: Popular entre investidores, apresenta uma variedade de produtos financeiros.

Inter Invest: Reconhecida por sua plataforma intuitiva e ampla gama de produtos, incluindo o Tesouro Direto.

Serviços oferecidos pelas instituições

As instituições financeiras parceiras do Tesouro Direto não apenas facilitam a compra e venda de títulos, mas também oferecem serviços como:

  • Custódia: Armazenamento seguro dos títulos adquiridos.
  • Resgate: Possibilidade de vender os títulos de volta ao Tesouro.
  • Assessoria: Orientação e suporte na escolha de investimentos adequados.

Algumas instituições, como a Caixa e o Itaú, se destacam por não cobrarem taxas de custódia, o que pode influenciar a decisão dos investidores na hora de escolher uma instituição.

Principais benefícios do Tesouro Direto

Os títulos do Tesouro Direto são conhecidos por sua segurança, já que são garantidos pelo Governo Federal. Isso significa que, mesmo em cenários de crise econômica, o governo tem a obrigação de honrar os pagamentos desses títulos. Além disso, há diferentes modalidades disponíveis, permitindo que o investidor escolha entre rentabilidades prefixadas e pós-fixadas, conforme seus objetivos financeiros.

Outro ponto positivo é a liquidez, que possibilita o resgate antes do vencimento, caso seja necessário. Contudo, vale ressaltar que a marcação a mercado pode impactar o valor de resgate, resultando em variações na rentabilidade esperada. Além disso, a diversificação que o Tesouro Direto proporciona é um fator atrativo, pois permite a construção de um portfólio equilibrado, misturando títulos de curto, médio e longo prazo para diferentes objetivos financeiros.

Riscos do Tesouro Direto

Embora o Tesouro Direto seja considerado um investimento seguro, ele não está isento de riscos. Para tomar decisões conscientes, é importante compreender quais são esses riscos e como eles podem impactar a rentabilidade dos títulos adquiridos.

Tipo de risco
Descrição
Risco de mercado
O preço dos títulos pode oscilar com base nas taxas de juros e na percepção do risco do país. Caso o investidor precise vender antes do vencimento, pode receber um valor menor do que o esperado.
Risco de liquidez
Em momentos de alta volatilidade, pode ser difícil vender os títulos pelo preço desejado. No entanto, o Tesouro Nacional garante a recompra dos papéis diariamente.
Risco de crédito
O risco de calote do Governo Federal é considerado baixo, pois ele tem o compromisso de pagar os investidores para manter a credibilidade do país.

Declaração no Imposto de Renda

Os investimentos no Tesouro Direto devem ser informados na declaração do Imposto de Renda, mesmo que os rendimentos só sejam tributados no momento do resgate. A Receita Federal exige que o investidor informe o saldo aplicado e os rendimentos obtidos ao longo do ano. Para isso, siga os passos abaixo:

  1. Acesse a ficha “Bens e Direitos” na declaração do IR.
  2. Escolha o grupo “04 – Aplicações e Investimentos”.
  3. Selecione o código “02 – Títulos públicos e privados sujeitos à tributação”.
  4. Clique em “Novo” e informe o valor investido, considerando o saldo no início e no final do ano.

Dessa forma, você garante que sua aplicação esteja regularizada perante a Receita Federal, evitando possíveis problemas fiscais no futuro.

É possível perder dinheiro no Tesouro Direto?

Sim, em alguns casos é possível ter prejuízo ao investir no Tesouro Direto, mas isso acontece apenas se o investidor vender o título antes do vencimento. Se o mercado estiver desfavorável no momento da venda, o valor do título pode ser inferior ao preço pago na compra. Isso ocorre especialmente com títulos prefixados e atrelados à inflação, que sofrem variações conforme a economia e a taxa de juros.

Por isso, a recomendação é manter o título até o vencimento, garantindo assim a rentabilidade contratada no momento da compra. Caso haja necessidade de liquidez antes do prazo, o Tesouro Selic continua sendo a opção mais segura, pois seu valor de mercado varia menos do que os demais títulos.

Vale a pena investir em Tesouro Direto?

Investir no Tesouro Direto pode ser uma opção atraente para quem busca segurança e flexibilidade. Entre as vantagens, destaca-se a segurança, já que os títulos são garantidos pelo governo federal, oferecendo baixo risco de crédito. A liquidez diária permite resgates a qualquer momento, embora seja recomendado manter o investimento até o vencimento para maximizar os lucros.

Além disso, a diversidade de títulos, como prefixados, pós-fixados e indexados à inflação (IPCA+), possibilita que os investidores escolham a melhor opção de acordo com seus objetivos financeiros. Outro ponto positivo é a acessibilidade, permitindo que qualquer pessoa comece a investir, mesmo com pouco dinheiro. Títulos indexados ao IPCA garantem proteção contra a inflação, enquanto a rentabilidade do Tesouro Direto é superior à da poupança.

Por outro lado, existem desvantagens e considerações que devem ser levadas em conta. Há um risco de mercado, pois vender títulos antes do vencimento pode resultar em perdas, especialmente em momentos de alta volatilidade. Além disso, é fundamental ter um planejamento adequado para maximizar os ganhos, o que inclui a estratégia de manter os títulos até o vencimento.

Em resumo, o Tesouro Direto é uma boa escolha para quem procura segurança, flexibilidade e rentabilidade, mas é essencial considerar as condições de mercado e os objetivos pessoais antes de investir.

Alternativas ao Tesouro Direto

Investir é uma das melhores formas de garantir a segurança financeira e alcançar objetivos de longo prazo. O Tesouro Direto é uma opção popular entre os investidores brasileiros, mas não é a única.

Existem diversas alternativas que podem oferecer rendimentos atrativos, cada uma com suas características, vantagens e desvantagens. Veja algumas dessas opções, ajudando você a tomar decisões mais informadas na hora de investir.

CDBs (Certificado de Depósito Bancário): Oferecem rendimentos superiores para compensar o risco, uma vez que são emitidos por bancos e estão sujeitos ao risco de crédito. Porém podem ter taxas de administração e estão sujeitos ao Imposto de Renda regressivo.

ETFs de Renda Fixa: Menores taxas de administração, liquidez em “D+1” e permitem diversificação em uma cesta de produtos de renda fixa. Além disso ele varia conforme a composição do ETF.

LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e Debêntures Incentivadas: Emitidos por empresas, oferecem mais riscos, mas podem render mais que o Tesouro IPCA+. Ele também possui isenção de Imposto de Renda em alguns casos.

Títulos Privados: Oferecem rendimentos maiores, mas com maior risco de crédito. Também possibilitam a diversificação do portfólio.

Fundos de Investimento em Renda Fixa: Proporcionam diversificação automática e gestão profissional. As taxas de administração podem ser mais altas que as dos ETFs.

Ao escolher uma alternativa ao Tesouro Direto, é fundamental considerar fatores como segurança, liquidez, rentabilidade e risco. Cada investidor deve avaliar suas necessidades financeiras e seu apetite ao risco para selecionar a melhor opção. Uma análise cuidadosa pode ajudar a maximizar os retornos e minimizar os riscos associados aos investimentos.

Conclusão

O Tesouro Direto se apresenta como uma opção robusta e acessível para investidores que buscam diversificação e segurança em seus portfólios. Desde sua criação, essa modalidade tem se destacado por permitir que qualquer pessoa física invista em títulos públicos federais com facilidade, democratizando o acesso ao mercado de renda fixa.

A flexibilidade na escolha de títulos prefixados, pós-fixados e híbridos, juntamente com um valor mínimo de aplicação bastante acessível, torna o Tesouro Direto uma alternativa viável tanto para iniciantes quanto para investidores experientes.

Além de oferecer uma ampla gama de opções, o Tesouro Direto proporciona segurança, uma vez que os investimentos são garantidos pelo governo. Embora existam riscos associados, como a volatilidade de preços em vendas antecipadas, o conhecimento e a estratégia adequados podem mitigar essas preocupações, permitindo que os investidores colham os benefícios de uma gestão prudente de suas finanças.

Portanto, ao considerar a inclusão de títulos públicos em sua carteira, o Tesouro Direto não apenas possibilita o aumento do patrimônio, mas também a construção de um futuro financeiro mais estável e planejado.

Perguntas Frequentes

Quanto rende o Tesouro Direto hoje?

Os rendimentos do Tesouro Direto variam conforme o título e sua taxa de retorno anual. Atualmente, os títulos prefixados apresentam as seguintes taxas de rendimento: Tesouro Prefixado 2026 com 15,14% ao ano, Tesouro Prefixado 2027 com 15,43% ao ano, Tesouro Prefixado 2029 com 15,36% ao ano e Tesouro Prefixado 2031 com 15,30% ao ano. Essas taxas são atualizadas regularmente e podem variar conforme as condições do mercado financeiro.

Quanto rende R$ 30 mil no Tesouro Selic por mês?

Se aplicado no Tesouro Selic 2027, um investimento de R$ 30 mil renderia aproximadamente R$ 189,75 em um mês. Em um período de seis meses, o rendimento acumulado seria de R$ 1.198,78. Vale lembrar que esses valores podem sofrer pequenas variações devido às oscilações da taxa Selic.

Qual o melhor investimento hoje?

O melhor investimento depende do perfil do investidor e de seus objetivos financeiros. Para iniciantes, algumas das melhores opções incluem títulos do Tesouro Direto, CDBs, LCIs, LCAs, fundos de investimento e até mesmo ações. Essas alternativas costumam ser mais rentáveis do que a poupança e podem proporcionar bons retornos a longo prazo.

Onde aplicar o dinheiro para render mais?

Os investimentos mais conhecidos de renda fixa incluem o Tesouro Direto, CDBs, debêntures e outras opções que garantem maior segurança e estabilidade. Para quem deseja maior rentabilidade com um pouco mais de risco, há opções na renda variável, como ações e fundos imobiliários. A escolha ideal depende do prazo e do apetite ao risco do investidor.

Como aplicar no Tesouro Direto?

Para investir no Tesouro Direto, é necessário ter uma conta em uma instituição financeira habilitada, como um banco ou corretora. O cadastro pode ser feito diretamente pelo site do Tesouro Direto ou por meio da instituição escolhida. Após a abertura da conta, basta selecionar o título desejado e efetuar a compra.

Como escolher um título do Tesouro Direto?

A escolha do título ideal depende de três fatores principais: o tipo de título (prefixado, pós-fixado ou híbrido), a rentabilidade oferecida e a data de vencimento. Atualmente, o Tesouro Nacional disponibiliza diferentes opções de títulos para atender aos diversos perfis de investidores.

Compartilhe este conteúdo