Turbi acelera expansão com aporte de R$ 156 milhões e mira futuro IPO
Turbi recebe aporte de R$ 156 milhões e acelera expansão no Brasil, com planos para futuro IPO e crescimento da frota.

A startup brasileira Turbi, conhecida pelo modelo de aluguel de carros por hora, deu um passo importante em sua trajetória ao assegurar uma emissão de notas locais no valor de R$ 156 milhões (US$ 29 milhões). A operação, liderada pelo Itaú Unibanco, pretende financiar a expansão da empresa no mercado nacional e preparar o caminho para uma possível oferta pública inicial (IPO).
Com sede em São Paulo, a Turbi tem registrado crescimento consistente nos últimos dois anos, especialmente na capital paulista. No segundo trimestre, a receita obtida com o aluguel de veículos subiu 35% em relação ao mesmo período do ano passado. Paralelamente, a frota da empresa aumentou 64%, chegando a 5.800 veículos, e o novo aporte financeiro deve impulsionar esse número para cerca de 7.000.
Além do Itaú, a Credit Saison Co., do Japão, também participou da emissão de notas. A Turbi busca se consolidar como uma alternativa ao modelo tradicional de locação por diária, dominado por empresas como Localiza, Movida e Unidas. O plano estratégico é fortalecer a atuação em São Paulo e cidades próximas, ao mesmo tempo em que a startup expande sua presença em outras capitais brasileiras.
O cenário econômico do país, com a Selic em 15%, exige cautela das startups ao planejar captação de recursos. Segundo o diretor financeiro da Turbi, Mario Liao, o acordo com o Itaú e demais investidores vai facilitar o acesso da empresa a mercados de crédito internacionais, oferecendo custos de empréstimos mais competitivos e fortalecendo sua posição estratégica.
O diretor de relações com investidores, Eduardo Portelada, ressalta que a parceria com o Itaú pode abrir portas para novas colaborações com outras instituições financeiras. “Somos emissores frequentes de crédito, e essas operações podem abrir caminho para um IPO no futuro”, afirmou. Embora ainda não haja uma data definida, a empresa já negocia novas rodadas de financiamento.
Atualmente, a relação dívida líquida/EBITDA da Turbi está entre cinco e seis vezes, um nível considerado elevado. Para reduzir esse índice, a startup está avaliando a venda de uma participação acionária. O CEO, Daniel Prado, afirma que o objetivo é reduzir a alavancagem para cerca de cinco vezes no próximo trimestre, fortalecendo ainda mais a estrutura financeira da empresa.
O aporte recente reforça a estratégia da Turbi de crescer de forma sustentável, ampliar sua frota e solidificar sua presença no setor de mobilidade urbana, aproximando a empresa do mercado de capitais e preparando-a para novas oportunidades.